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    Ibovespa sobe forte puxado por bancos; dólar cai a R$ 5,36

    Investidores se animaram com balanço positivo do Santander e setor financeiro puxou alta da bolsa. Ganhos aceleraram após Fed manter taxa de juros nos EUA

    Foto: CNN

    Matheus Prado e Leonardo Guimarães, do CNN Brasil Business, em São Paulo*

    O dólar fechou em forte queda nesta quarta-feira (28) depois que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) decidiu manter a taxa de juros entre 0% e 0,25% ao ano nos EUA. Com isso, a moeda norte-americana fechou o dia em queda de 1,86% ante o real, negociada a R$ 5,3611.

    O dólar no Brasil cai em nove das últimas 11 sessões, período em que recuou 6,37%. Desde o pico de 9 de março (R$ 5,7927), a moeda perde 7,45%.

    Na B3, o Ibovespa avançou com impulso dos bancos. O índice subiu 1,39%, aos 121.052 pontos.

    O setor financeiro puxou a forte alta no pregão desta quarta, com Santander (SANB11) disparando 8,06% depois de apresentar resultado positivo do primeiro trimestre. As ações do Bradesco (BBDC3, BBDC4) subiram 4,7%, enquanto Itaú (ITUB4) avançou 4,3%. 

    Internamente, investidores continuavam atentos ao cenário político, com um possível avanço da CPI da Pandemia podendo chegar até o governo federal. As mudanças no Ministério da Economia também impactaram os negócios, mas avaliação de especialistas é que o mercado ainda dá um voto de confiança ao governo.

    O mercado também repercute a criação de 184.140 empregos com carteira assinada no país em março. O resultado foi divulgado pela Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia nesta quarta-feira (28). 

    Pela manhã, investidores encontraram problemas ao tentar negociar alguns ativos do Ibovespa. Oito ações que compõem o índice apresentaram instabilidade por cerca de 25 minutos após o início do pregão. O sistema já foi restabelecido e as negociações normalizadas. 

    Hoje, o Fed decidiu manter a taxa dos Fed funds na faixa entre 0% e 0,25% ao ano, conforme esperado por analistas.

    Lá fora

    O índice S&P 500 encerrou com discreta variação negativa nesta quarta-feira após o Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos) manter as taxas de juros e seu programa mensal de compra de títulos estáveis ??e não dar nenhum sinal de estar pronto para reduzir seu apoio à recuperação econômica.

    O Dow Jones recuou 0,48%, aos 33.820 pontos, o S&P 500 teve variação negativa de 0,08%, aos 4.183 pontos, e o Nasdaq recuou 0,28%, aos 14.051 pontos.

    Apesar da melhora da economia, o Fed reiterou a diretriz que vem utilizando desde dezembro, mencionando que deve enxergar “um progresso substancial” em direção a suas metas de inflação e emprego antes de recuar em suas compras mensais de títulos.

    As ações europeias fecharam estáveis ??nesta quarta-feira, com o otimismo sobre uma série de balanços bancários positivos sendo compensado pela cautela antes da decisão de política monetária do Federal Reserve.

    O índice FTSEurofirst 300 subiu 0,02%, a 1.693 pontos, enquanto o índice pan-europeu STOXX 600 ganhou 0,02%, a 440 pontos, com as ações de bancos liderando os ganhos entre os setores regionais. O subíndice fechou com alta de 1,5%.

    As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em alta moderada. O índice acionário japonês Nikkei subiu 0,21% em Tóquio hoje, a 29.053,97 pontos, impulsionado por ações de eletrônicos e telecomunicações, e o Hang Seng avançou 0,45% em Hong Kong, a 29.071,34 pontos.

    Na China continental, o Xangai Composto se valorizou 0,42%, a 3.457,07 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto teve ganho de 0,83%, a 2.300,94 pontos.

    Por outro lado, o sul-coreano Kospi caiu 1,06% em Seul, a 3.181,47 pontos, pressionado por ações de grandes empresas que divulgaram balanços trimestrais desanimadores, e o Taiex apresentou modesta baixa de 0,16% em Taiwan, a 17.567,53 pontos.

    Investidores na Ásia vêm mostrando cautela desde ontem, à espera do anúncio de política monetária do Fed, a ser feito às 15h (de Brasília). Como a expectativa é a de que o BC americano deixe os juros básicos e outras características de sua política inalterados, a atenção vai se voltar para comentários de seu presidente, Jerome Powell, sobre a perspectiva econômica e dos estímulos atuais.

    Desdobramentos da Covid-19 na região asiática, principalmente na Índia, onde a situação tem sido mais preocupante, continuam no radar.

    Na Oceania, a bolsa australiana ficou no azul, após dados de inflação mais fracos do que o esperado provavelmente jogarem mais para frente ainda a possibilidade de o banco central local – conhecido como RBA – voltar a elevar juros. O S&P/ASX 200 avançou 0,44% em Sydney, a 7.064,70 pontos. 

    *Com informações de Reuters e Estadão Conteúdo