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    Ibovespa sobe em pregão pouco movimentado; dólar avança a R$ 5,21

    Na Bolsa, volume financeiro ficou abaixo da média, enquanto investidores avaliavam noticário político

    Matheus Prado e Leonardo Guimarães, , do CNN Brasil Business, em São Paulo*

    O dólar fechou em alta moderada nesta quinta-feira (22) depois de ter oscilado bastante ao longo do pregão, refletindo um cenário externo também instável e ainda o aquecido noticiário político doméstico. A divisa subiu 0,36%, a R$ 5,2112 na venda. A moeda variou de R$ 5,168 (-0,48%) a R$ 5,2252 (+0,63%).

    Na B3, o Ibovespa subiu 0,17%, para 126.146 pontos, em pregão pouco movimentado. 

    O volume financeiro no pregão foi de R$ 19,7 bilhões. A média do ano é de R$ 34,7 bilhões.

    Por aqui, o mercado ficou atento às movimentações em Brasília. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) confirmou que entregará a Casa Civil para Ciro Nogueira (PP-PI), um dos líderes do Centrão, além de recriar o Ministério do Trabalho.

    Globalmente, investidores equilibraram o otimismo criado pela temporada de balanços nos Estados Unidos (hoje com American Airlines, AT&T, Intel, Twitter) com os temores causados pelo avanço da variante Delta pela Ásia.

    O mercado digere ainda decisão do Banco Central Europeu (BCE) sobre sua política monetária, que manteve o juro no patamar de 0% e prometeu manter as taxas de juros em mínimas recordes por ainda mais tempo para ajudar a inflação na zona do euro a subir para sua meta de 2%.

    Nos EUA, os pedidos iniciais de auxílio-desemprego aumentaram em 51 mil, para um número com ajuste sazonal de 419 mil na semana encerrada em 17 de julho, informou o Departamento do Trabalho. Economistas consultados pela Reuters previam 350 mil novos pedidos para a última semana.

    Lá fora

    Ações de gigantes da tecnologia fizeram Wall Street fechar em alta nesta quinta-feira, ampliando de forma modesta os ganhos das duas sessões anteriores, à medida que dados econômicos moderados e resultados corporativos mistos levaram investidores de volta a papéis de crescimento.

    O Dow Jones fechou em alta de 0,07%, a 34.823 pontos, enquanto o S&P 500 subiu 0,20%, a 4.367 pontos, e o Nasdaq avançou 0,36%, a 14.684 pontos.

    Já as bolsas da Ásia fecharam em alta com a melhora do sentimento global. Após a aversão ao risco que predominou no começo da semana devido ao avanço da variante delta do coronavírus, os índices acionários asiáticos, depois de dois pregões mistos, acompanham agora a recuperação dos mercados em Nova York e na Europa.

    Na China continental, o índice Xangai Composto subiu 0,3%, a 3.574,73 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 0,5%, a 2.503,85 pontos. No Japão, um feriado manteve os mercados fechados e, portanto, o índice Nikkei não abriu.

    Em Hong Kong, o Hang Seng encerrou com ganho de 1,8%, a 27.723.84 pontos, e o Kospi subiu 1,1% em Seul, a 3.250,21 pontos. A bolsa sul-coreana registrou alta pela primeira vez em cinco pregões, impulsionada por ações de tecnologia, finanças, aço e varejo. Os investidores deslocaram o foco das preocupações com a pandemia para os balanços corporativos do segundo trimestre.

    No final da noite de ontem, a Fitch reafirmou o rating AA- da Coreia do Sul e manteve a perspectiva estável para a nota de crédito do país asiático.

    Na Oceania, a bolsa da Austrália subiu mesmo em meio ao lockdown no país para conter a piora da pandemia de covid-19. O S&P/ASX 200 registrou alta hoje de 1,1% em Sydney, ao recorde de 7.386,4 pontos, também com foco em notícias corporativas.

    Apesar da recuperação vista hoje nos mercados acionários, a cautela com a variante Delta do coronavírus na Ásia ainda fica no radar, ainda que esteja em segundo plano. A Indonésia, por exemplo, tornou-se o epicentro da pandemia, segundo especialistas, enquanto o número de hospitalizações também tem subido na Malásia.

    Ainda ficam no radar as tensões entre os Estados Unidos e China. Ontem, Washington anunciou que a vice-secretária de Estado americana, Wendy Sherman, viajará a Pequim nos dias 25 e 26 de julho. Nesta semana, os EUA e países aliados acusaram a China de ter usado o sistema de e-mails Microsoft Exchange para praticar ciberespionagem no mundo, o que foi negado pelas autoridades chineses. 

    *Com informações de Reuters e Estadão Conteúdo