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    Mais de R$ 4 bilhões estão investidos em 79 fundos caros no Brasil

    Levantamento exclusivo da Spiti, feito por meio do Quantum Axis, aponta que há 79 fundos mono ação no país que cobram 2% ou mais de taxa de administração

    Natália Flach, do CNN Brasil Business, em São Paulo

     

    Na busca por tornar a carteira de investimentos mais diversificada — e, assim, mitigar riscos —, é natural que os investidores escolham fundos com bom histórico de retorno e potencial de valorização. O problema é que só essa informação não basta. Atualmente, mais de R$ 4 bilhões estão aplicados em 79 fundos que investem em um único ativo, mas que cobram uma taxa de administração de 2% ou mais. Ou seja, cara para o que se propõe.

    A informação faz parte de um levantamento feito pela casa de análise Spiti, a partir da plataforma do Quantum Axis, e obtido com exclusividade pelo CNN Brasil Business. Para quem não sabe, 2% (ou mais) corresponde a quanto fundos ativos — em que o gestor compra e vende diversas ações e demais papéis — costumam cobrar dos investidores. No caso dos fundos passivos, como é o caso dos 79 mono ativos do levantamento, a taxa costuma ser menor.

    Pode parecer um detalhe, mas faz diferença na ponta do lápis. Isso porque o investidor pode aplicar diretamente em ações da Vale e da Petrobras, por exemplo, sem ter de arcar com a taxa de administração do fundo.

    “É errado comprar uma camiseta branca por R$ 5 mil? Não. Mas você não preferiria gastar isso em um vestido de noiva? Essa é a comparação de taxas que o investidor deve fazer”, afirma Carolina Oliveira, especialista de fundos de investimentos da Spiti.

    Mas e os custos de investir sozinho? Há diversas corretoras que não cobram taxa de corretagem para comprar e vender ações. “Além disso, se o total transacionado por mês for menor que R$ 20 mil, o investidor tem isenção de imposto de renda”, acrescenta a especialista.

    Já ao vender as cotas de fundos de ação, o investidor — independentemente do valor aplicado — tem que pagar 15% de IR. 

    Oliveira sugere que o investidor analise primeiramente se quer continuar a ter exposição aos papéis que o fundo investe. Se sim, ela recomenda o resgate das cotas, seguida da compra das ações. “Como a exposição ao ativo continua sendo a mesma, não precisa se preocupar se é o melhor momento para comprar e vender”, explica.

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