Leilão do 5G deve acontecer, no máximo, até junho de 2021, diz Fábio Faria
Ministro das Comunicações diz que pasta está cumprindo os requisitos para que o leilão ocorra ‘o mais rápido possível’
O ministro das Comunicações, Fábio Faria, disse que deu um prazo máximo de até o final do primeiro semestre de 2021 para que ocorra o leilão do 5G. A declaração foi feita na posse do novo conselheiro da Anatel, Carlos Baigorri, nesta quarta-feira (28). Para o ministro, a pasta está cumprindo todos os requisitos, e a Anatel também, para que o leilão ocorra “o mais rápido possível”.
Além disso, o ministério vem trabalhando para que o leilão não seja “arrecadatório” e, sim, de investimentos no setor. “20% da população brasileira ainda não recebe internet. Por isso a gente defende que o leilão não seja arrecadatório. Que a gente receba investimentos no setor. Pra Anatel, no leilão, poder requisitar que as empresas façam investimentos no setor de telecomunicações”, explicou.
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Fábio Faria também comentou que, no pós-pandemia, o 5G será ainda mais necessário por causa das mudanças que a doença trouxe para o trabalho, o estudo e a própria comunicação das pessoas. “Quanto mais rápido vier o 5G para o Brasil, melhor para nós. Porque ele vai trazer muitas oportunidades. Não é só aumento de potência. Ele vai trazer novas tecnologias, vai ter telemedicina, o médico vai poder fazer cirurgia à distância. Você verá, realmente, os autônomos funcionando na rua porque o 5G tem baixa latência. Então, você consegue fazer a internet das coisas. O Brasil está correndo contra o tempo”.
Sobre o coronavírus, o ministro trouxe o dado de que, em 2020, houve um aumento de 30% nos dados, mesmo com o receio da população de que nada funcionária bem. “Aqui no ministério, a gente está buscando outras opções. Estamos levando internet através do Wi-Fi na praça, pra unidades de saúde, para escolas. Principalmente da zona rural. São mais de 3 mil escolas que estamos levando internet. Então, estamos trabalhando para suprir essa deficiência dessas pessoas que ainda não têm acesso e para pessoas que têm acesso, mas de baixa qualidade”, concluiu.