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    Isa Cteep registra lucro líquido R$ 248 milhões no 2º trimestre

    A receita operacional bruta consolidada atingiu R$ 922,1 milhões no período, queda de 45,8%

    Torres de energia
    Torres de energia Foto: Reprodução/Pixabay

    Nayara Figueiredo, da Reuters

    A transmissora de energia Isa Cteep, controlada pelo grupo colombiano Isa, reportou na quinta-feira (30) lucro líquido de R$ 248 milhões no segundo trimestre do ano, queda de 73% ante igual período de 2020 causada por efeitos não recorrentes, enquanto os investimentos acumularam recorde no semestre.

    Já o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado da companhia cresceu 17,9% na comparação anual, para R$ 665,8 milhões. Sem ajuste, o Ebitda do segundo trimestre marca recuo de 58,4%, para R$ 630,6 milhões.

    A receita operacional bruta consolidada atingiu R$ 922,1 milhões no período, queda de 45,8%.

    “Esses resultados são explicados, principalmente, pela Parcela de Ajuste (PA) referente à aplicação da Revisão Tarifária Periódica (RTP) do contrato renovado e da remuneração do componente financeiro da RBSE pelo custo do capital próprio contabilizados em junho de 2020”, informou a empresa.

    Em contrapartida, o resultado do trimestre foi afetado positivamente, principalmente, pela conclusão da aquisição da Piratininga – Bandeirantes Transmissora de Energia (PBTE).

    A diretora executiva de Finanças e Relações com Investidores da Isa Cteep, Carisa Cristal, disse à Reuters que o desempenho foi considerado favorável pela companhia, pois excluindo os fatores não recorrentes, o Ebitda ajustado, por exemplo, está melhor.

    “Houve a entrada em operação de novos projetos, de reforços e melhorias, e entrada de projetos greenfield. Tivemos aquisição da PBTE que se concretizou em março e este foi o primeiro resultado com a receita da PBTE”, afirmou.

    Investimentos

    O diretor-presidente da companhia, Rui Chammas, afirmou que a Cteep bateu recorde de investimentos no semestre e o objetivo é seguir expandindo os aportes.

    “Esperamos chegar a 500 milhões de reais todo ano até o final da década, essa é uma dimensão que segue crescendo”, disse ele.

    “Os projetos greenfield, tem vários em andamento, e podemos buscar por que não novos projetos nos leilões… mas sempre buscando rentabilidade”, acrescentou.

    No primeiro semestre de 2021, a empresa investiu 635 milhões de reais, um aumento de 13% em relação ao mesmo período do ano anterior. Do total, 498 milhões de reais foram alocados em novos projetos (greenfield).

    A previsão para investimento no ano é superior a R$  1 bilhão, segundo a companhia.

    Nos últimos seis anos, a empresa arrematou 14 lotes em leilões de transmissão realizados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e já energizou 4 desses projetos (Itapura Bauru, Itaquerê, Tibagi e Aguapeí).

    Em reforços e melhorias, a companhia aportou cerca de R$ 137,4 milhões no período, com a implementação de 45 projetos, versus 77,8 milhões no primeiro semestre de 2020, um aumento de 76,5%. Além disso, a companhia já possui autorizações da Aneel para executar mais de R$ 1,8 bilhão  de investimentos nessa frente, nos próximos quatro anos.

    “Temos potencial para dobrar o patamar de investimentos em reforços e melhorias, a serem entregues gradualmente. Em um contexto de crise hídrica, em que a sociedade demanda segurança energética e robustez do sistema, esses projetos se tornam ainda mais importantes e essenciais para garantir o abastecimento do país”, disse Chammas.