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    Óleo de soja mais que dobra de preço e arroz sobe 76% no acumulado de 2020

    Dados sobre a inflação, divulgados pelo IBGE nesta terça (12), mostram que setor de alimentos pesou mais do que qualquer outro no bolso dos brasileiros em 2020

    Manuela Tecchio, do CNN Brasil Business, em São Paulo



     

    O setor de alimentos e bebidas acumulou uma inflação de 14,09% durante o ano passado, de acordo com dados divulgados pelo IBGE nesta terça-feira (12). Lembrado por muitos brasileiros como o produto que mais pesou no bolso, o arroz registrou alta de 76%, ficando em segundo lugar na lista de produtos que mais aumentaram de preço. 

    Na verdade, o grande vilão foi o óleo de soja que mais que dobrou de preço ao registrar uma alta de 103,79%. Outros itens que compõem a cesta básica também tiveram altas expressivas: o preço do leite subiu 26,93%, o das frutas cresceu 25,40% e o das as carnes aumentou 17,97%. Já a batata e o tomate registraram alta de 67,27% e 52,76%, respectivamente.

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    O coordenador da pesquisa do IBGE, Pedro Kislanov, explicou em nota que o disparo dos preços dos alimentos — o maior desde 2002, quando a inflação dos alimentos bateu 19,47% — foi provocado, entre outros fatores, pelo aumento da demanda por esses produtos somado à alta do dólar e dos preços de commodities nos mercados internacionais. 

    Em setembro, o governo federal decidiu zerar a taxa de importação para o arroz, na tentativa de estimular a importação. A partir disso, o Brasil comprou quase 230 mil toneladas de arroz de outros países em apenas dois meses.

    Mas com o produto estrangeiro 31% mais caro que o nacional e o dólar cotado acima dos R$ 5,40 — tanto na época quanto nesta semana — a estratégia não foi capaz de absorver o impacto do aumento de preços no principal alimento do prato dos brasileiros ao lado do feijão.

    Apesar da alta no segmento de alimentos e bebidas, a conta de luz mais cara fez com que o segmento de habitação fosse o principal responsável pela alta da inflação em dezembro. 

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