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    IPCA-15: alta nos combustíveis puxa prévia da inflação para 0,30% em julho

    No mês anterior, a alta havia sido de 0,02%. Já no acumulado de 2020, o IPCA-15 acumula alta de 0,67%

    Paula Bezerra, , do CNN Brasil Business, em São Paulo*

    A prévia da inflação subiu 0,30% em julho puxada, principalmente, pela alta da gasolina. É o que mostra o Índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15), divulgado nesta sexta-feira (24) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No mês anterior, a alta havia sido de 0,02%. Já no acumulado de 2020, o IPCA-15 acumula alta de 0,67%. 

    Segundo o IBGE, a alta na inflação na primeira quinzena do mês está atrelada, especialmente, pelo aumento no valor dos combustíveis. Isso porque, após quatro meses seguidos de queda, o preço deles sofreram alta no mês de julho, impactando quem voltou a trabalhar – e a usar mais o carro. Prova disso é que o preço dos combustíveis subiu 4,40%. No caso da gasolina, que também apresentava baixas, o aumento foi de 4,47%. Já o etanol, o acréscimo foi de 4,92%.

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    As medidas de contenção devido ao coronavírus afetaram de maneiras diferentes o consumidor, impulsionando os preços de alimentação em casa mas reduzindo o consumo diante das perdas de emprego e renda.

    Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, cinco apresentaram alta. Entre eles, o que teve maior impacto e maior variação positiva foi o segmento de transportes, com 1,11% – após uma retração de 0,71% em junho. O segundo lugar ficou com habitação, que apresentou variação de 0,5%.

    Já em relação aos grupos que tiveram deflação, os quatro setores foram: vestuário, com queda de 0,91%; alimentação e bebidas, com retração de 0,13% – isso depois de quatro meses consecutivos de altas; despesas pessoais, que recuou 0,23%; e, por fim, educação, que caiu 0,07%.

    Para Victor Beyruti, economista da Guide, o índice de preços que abrange o período de 16/06 a 14/07 apontará para uma inflação na ordem de 0,5%.”Se confirmado, teremos uma inflação de 2,33% no acumulado de 12 meses, mais próximo do piso da meta de 4,0% (2,5%) estabelecido pelo CMN”, diz o economista. “Essa confirmação ainda servirá para calibraras apostas em torno da próxima decisão do Copom, em agosto.”

    Impacto na Selic 

    De acordo com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, será necessário entender o impacto do crescimento na inflação para avaliar se ainda há espaço para corte residual nos juros básico

    O BC cortou a taxa básica de juros Selic em 0,75 ponto, à nova mínima histórica de 2,25% ao ano, mas deixou aberta a porta para nova redução.

    A pesquisa Focus mais recente realizada pelo BC com economistas mostra que a expectativa é de que a inflação termine este ano em 1,72% e que a economia encolha 5,95%.

    (Com Reuters)

     

     

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