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    Investidores pedem abordagem ética no uso de tecnologia de reconhecimento facial

    Tecnologia pode infringir os direitos de privacidade de um indivíduo, diz grupo de investidores

    Tecnologias de reconhecimento facial estão evoluindo, apesar do uso massivo de máscaras pela população
    Tecnologias de reconhecimento facial estão evoluindo, apesar do uso massivo de máscaras pela população Foto: Mike MacKenzie - Flickr

    Por Simon Jessop e Ross Kerber, da Reuters

    Um grupo de 50 investidores que gerenciam mais de US$ 4,5 trilhões está convocando empresas de desenvolvimento e uso de tecnologia de reconhecimento facial, como Amazon e Facebook, a fazê-lo de maneira ética.

    O grupo, liderado pela gestora de ativos Candriam, divisão europeia da empresa norte-americana New York Life, afirmou em comunicado que a tecnologia pode infringir os direitos de privacidade de um indivíduo, dada a falta de consentimento dos identificados. E que muitas vezes não há supervisão oficial.

    Defensores dos direitos humanos dizem que a tecnologia de reconhecimento facial, usada para desbloquear smartphones e verificar contas bancárias, também pode ser usada por governos para rastrear cidadãos e suprimir dissidentes políticos.

    O grupo de investidores disse que iniciará um engajamento de dois anos com empresas que desenvolvem ou usam a tecnologia, incluindo 34 líderes em reconhecimento facial, incluindo Amazon, Facebook, Alibaba e Huawei.

    A Amazon disse no mês passado que estava estendendo uma moratória imposta ao uso policial de sua tecnologia de reconhecimento facial. Grupos de liberdades civis alertaram que o uso impreciso dela pode levar a prisões ilegais.

    O mercado de tecnologia de reconhecimento facial deve crescer para cerca de US$ 10 bilhões em 2020, disse Candriam em um relatório publicado em março.

    Entre os que aderiram à iniciativa estão a britânica Aviva Investors, a Royal London Asset Management, a canadense BMO Global Asset Management, a holandesa NN Investment Partners e a norueguesa KLP.

    O órgão de vigilância da privacidade da União Europeia disse em abril que a tecnologia deveria ser proibida na Europa por causa de sua “intrusão profunda e não democrática” na vida privada das pessoas.