Inflação na zona do euro é confirmada em 4,1% em outubro sobre ano anterior
BCE quer manter a inflação em 2% no médio prazo
A inflação da zona do euro saltou para mais do que o dobro da meta do Banco Central Europeu em outubro, confirmou nesta quarta-feira (17) a agência de estatísticas da União Europeia, com mais da metade do avanço devendo-se ao aumento nos preços da energia.
A Eurostat informou que a inflação nos 19 países que usam o euro foi de 0,8% em outubro sobre o mês anterior, alcançando 4,1% na base anual, em linha com estimativa anterior da Eurostat.
O BCE quer manter a inflação em 2% no médio prazo e disse que o aumento dos preços é temporário. O banco espera que a alta dos preços desacelere durante 2022, mas admitiu que levará mais tempo do que o inicialmente esperado.
Os preços mais caros de energia contribuíram com 2,21 pontos percentuais para a taxa anual, enquanto os serviços somaram 0,86 ponto e alimento, álcool e tabaco acrescentaram 0,43 ponto. Produtos industriais excluindo energia contribuíram com 0,55 ponto, disse a Eurostat.
Sem os voláteis preços de energia e alimentos não processados, medida que o BCE chama de núcleo da inflação, os preços subiram 0,3% no mês e 2,1% no ano.
Com a inflação disparando, o BCE está sob forte pressão para abandonar sua política monetária ultraflexível e combater o aumento dos preços que está afetando o poder de compra das famílias.