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    Bolsa sobe 2,2% e retoma 95 mil pontos, em dia de decisão de juros pelo BC

    Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decide desta quarta-feira a nova taxa de juros; anúncio é feito ao final do dia

    Pregão na bolsa paulista, a B3 (24.mai.2016)
    Pregão na bolsa paulista, a B3 (24.mai.2016) Foto: Paulo Whitaker/Reuters

    Do CNN Brasil Business, em São Paulo*

    O Ibovespa teve um dia de alta consistente nesta quarta-feira (17), com investidores domésticos na expectativa de novo corte na taxa básica de juros pelo Banco Central, a ser anunciado hoje ao fim do dia. O principal índice da bolsa de valores brasileira encerrou o pregão com avanço de 2,16%, a 95.547,29 pontos. 

    A bolsa acelerou os ganhos durante a tarde, após o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmar que o governo voltará às reformas nos próximos 60 a 90 dias. Guedes afirmou que retomará o projeto liberal que persegue após ter paralisado seu programa estrutural para se dedicar às ações emergenciais de enfrentamento ao coronavírus.

    Para analistas, o Copom deve reduzir a taxa básica de juros do país para um recorde de 2,25% ao ano. A decisão deve ser anunciada no início da noite. As autoridades monetárias ainda devem ampliar o esforço emergencial para revigorar a atividade econômica prejudicada pela pandemia de coronavírus no Brasil. É possível ainda que o BC sinalize mais cortes na Selic num futuro próximo, se a economia não reagir.

    Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) desta quarta-feira, o volume de serviços em abril caiu 11,7% na comparação com o ano anterior, recuo mais forte desde o início da série histórica em janeiro de 2011 e marcou a terceira taxa negativa seguida, período em que as perdas acumuladas foram de 18,7%.

    No Congresso, o clima de tensão aumentou após ataques a instituições democráticas no fim de semana, e a intenção entre parlamentares alinhados ao Judiciário é de manter permanente vigilância, evitar comentários a cada polêmica, e agir com firmeza quando a situação passar dos limites. 

    Lá fora

    No exterior, os índices de Wall Street operaram com volatilidade e sem direção definida,com as notícias de dados da pandemia e a perspectiva de uma nova rodada de paralisações econômicas atenuando o otimismo dos investidores em torno de sinais de recuperação da economia.

    O índice Dow Jones recuou 0,67%, para 26.112,74 pontos, o S&P 500 perdeu 0,36%, para 3.113,62 pontos e o Nasdaq valorizou 0,15%, para 9.910,28 pontos.

    Na zona do euro, o otimismo da véspera se mantinha e as as ações tiveram o segundo dia de alta. O índice pan-europeu STOXX 600 subiu 0,7%, impulsionado desde a véspera por notícias de que o governo Trump está preparando uma proposta de infraestrutura de quase US$ 1 trilhão.

    Já na China, os índices oscilaram pouco e fecharam o dia com leves altas. O CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, avançou 0,08%, enquanto o índice de Xangai teve alta de 0,14%. Os maiores ganhos foram apresentados pelo subíndice do setor de saúde, que saltou 2,32% puxado por ações de empresas farmacêuticas.

    *Com Reuters