IBGE prevê safra nacional recorde de 258,9 milhões de toneladas em março deste ano
Arroz, milho e soja – os três principais produtos – representam 92,2% da produção e 87,7% da área a ser colhida
Depois de apresentar queda na produção no ano passado, a expectativa é que março bata recorde na safra nacional de cereais, grãos, oleaginosas (nozes, pistache, castanhas, avelã e amêndoas) e algodão com 258,9 milhões de toneladas.
Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (7).
Segundo o estudo, em março do ano passado foram 253,2 milhões de toneladas, 2,3% a menos (5,7 milhões de toneladas).
O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), produzido mensalmente pelo órgão federal, aponta que o arroz, o milho e a soja são os três principais produtos da safra brasileira.
Somados, eles representam 92,2% da estimativa da produção nacional e 87,7% da área a ser colhida.
Em relação a 2021, houve acréscimos de 8,3% na área do milho, de 11,1% na área do algodão herbáceo e de 3,8% na da soja.
Segundo o IBGE, espera-se que a produção de soja totalize 116,2 milhões de toneladas, com redução de 13,9% em relação ao produzido no ano passado.
O Instituto explica que essa redução na produção ocorreu por conta dos efeitos adversos proporcionados pela estiagem, que castigaram o desempenho das lavouras de verão nos estados do centro-sul do país.
Já a produção do milho foi estimada em 111,9 milhões de toneladas, com crescimento de 27,4% em relação ao ano anterior.
A safra do arroz, por sua vez, apresenta uma queda de 8,0% frente ao produzido em 2021, com apenas 10,7 milhões de toneladas.
Segundo a pesquisa, é de se esperar uma conjuntura climática mais benéfica para a segunda safra de milho em 2022.
O ano agrícola não atrasou e o plantio da soja foi realizado, em sua maior parte, na época ideal, o que favoreceu o plantio para o milho da segunda safra.
Entre as unidades da Federação, Mato Grosso lidera como o maior produtor nacional de grãos, com uma participação de 30,8%, seguido pelo Paraná (13,8%), Rio Grande do Sul (9,2%), Goiás (10,4%), Mato Grosso do Sul (8,3%) e Minas Gerais (6,5%). Juntos, eles representam 79% do total nacional.
*Sob supervisão de Maria Mazzei