Home office aumenta riscos de ataques virtuais; Brasil é um dos principais alvos
Das 5 mil tentativas diárias de sequestro de dados na América Latina, cerca de 2,3 mil aconteceram no Brasil, de acordo com pesquisa da Kaspersky
Durante a pandemia do novo coronavirus, diversas empresas adotaram o home office para conseguirem manter suas atividades em funcionamento. Porém, com o aumento do número de pessoas trabalhando de suas casas, aumentou também o número de ataques cibernéticos, a exemplo do que ocorreu no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e na Embraer.
De acordo com estudo publicado pela Kaspersky, desenvolvedora de softwares de segurança, dois em cada três ataques na América Latina são contra empresas e apenas um é direcionado a pessoas. Tais ataques cibernéticos sofridos pelo STJ e Embraer, além do governo do Distrito Federal e da prefeitura de Vitória, consistem no sequestro de dados usando criptografia, para depois exigir pagamento pela devolução das informações.
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Mas o que fazer para evitar esses ataques? Para Arthur Igreja, especialista em inovação e segurança digital, existem três passos básicos. O primeiro é fazer um diagnóstico de segurança dos sistemas usados pelas empresas e pelos profissionais para verificar possíveis brechas. O problema é que cerca de 40% das empresas brasileiras não têm políticas de cibersegurança estabelecidas ou não informaram seus colaboradores de sua existência, segundo a Kaspersky.
O segundo passo é sempre ter um backup físico (preferencialmente) ou em nuvem para poder resgatar os dados roubados. Já a terceira grande dica tem a ver com o comportamento das pessoas, a chamada engenharia social. Além dos diagnósticos de sistemas e de boas ferramentas, é fundamental que as pessoas sejam treinadas para que não caiam em armadilhas de downloads e links inadequados.
Esse passo a passo é ainda mais importante no Brasil, país que teve o maior número de tentativas de sequestro de dados de janeiro a maio, de acordo com levantamento feito pela Kaspersky. Outro relatório da mesma consultoria aponta que dos 5 mil ataques diários na América Latina, cerca de 2,3 mil aconteceram no Brasil.
O país também foi um dos principais alvos de ataques cibernéticos direcionados a aplicativos de internet banking e maquininhas de cartão (dispositivos de PoS), no primeiro semestre deste ano, de acordo com estudo da Trend Micro, empresa de cibersegurança e segurança em nuvem.
*Com supervisão de Paula Martini
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