Guedes admite que inflação freará economia em 2022, mas diz que país vai crescer
Segundo o ministro, a desindexação, desvinculação e desobrigação do Orçamento, a política do país pode ficar "virtuosa"
O ministro da Economia, Paulo Guedes, admitiu que o crescimento econômico do Brasil será menor em 2022 por conta do combate à inflação. Ainda assim, ele reforçou que o país vai registrar desempenho positivo do PIB (Produto Interno Bruto) e que com a desindexação, desvinculação e desobrigação do Orçamento, a política do país pode ficar “virtuosa”.
“O que vai ser amanhã depende do que estamos fazendo hoje. O Brasil está condenado a crescer, apesar de todo o pessimismo, de todo o barulho político. […] Vai crescer um pouco menos porque vamos estar combatendo a inflação, mas vamos crescer”, disse em evento da Associação Nacional das Empresas Administradoras de Aeroportos (AEAA).
Ainda segundo Guedes, a alta da Bolsa de Valores indica que o mercado não levou a série uma hipótese de nova recessão no Brasil. “Entramos em recessão técnica, PIB caiu 0,1% no trimestre. A Bolsa subiu 3%. Se alguém tivesse levado a sério que o PIB vai cair, a Bolsa não estava caindo”.
Ao comemorar a aprovação da PEC dos precatórios em dois turnos no Senado, o ministro ressaltou que Emenda Constitucional significa o controle dos gastos públicos. “Ao contrário, de novo, da narrativa falsa de que queremos furar o teto, descontrole fiscal, queremos também os precatórios embaixo do teto”, afirmou.
Guedes também voltou a defender a aceleração na agenda de privatizações, reforçando que as estatais impedem a entrada de investimentos do setor privado.
“A hesitação é uma dificuldade enorme. A elite intelectual brasileira é de esquerda, então, você só consegue criar estatal, não consegue vender. Isso está prejudicando o crescimento do Brasil”, completou.