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    Governo quer dar bolsa de até R$ 300 para jovem ‘nem-nem’ que fizer cursos

    Ministério da Economia quer incluir jovens que nem estudam e nem trabalham em novo programa de apoio a trabalhadores informais

    Adriana de Luca, da CNN, em São Paulo 

    O Ministério da Economia está estudando o lançamento de um novo tipo de auxílio financeiro: o bônus de inclusão produtiva. A princípio, apenas os trabalhadores informais seriam os beneficiados, mas o governo também pretende incluir os jovens que nem estudam e nem trabalham, os chamados “nem-nem”.

    Eles receberão entre R$ 200 e R$ 300 com a condição de fazer um curso preparatório. As empresas poderão contratar e treinar essas pessoas, oferecendo, portanto, uma oportunidade de ingresso no mercado de trabalho. 

    O número de jovens “nem-nem” atingiu recorde no ano passado por causa da pandemia de Covid-19. Foi o caso da radialista Gabriela Godoy Biasoli, 23, por exemplo, que se formou na faculdade em 2019 e tinha planos de começar uma pós-graduação na Europa em 2020. 

    Desempregada, o planejamento foi frustrado por conta do coronavírus. “Temos muitos profissionais com anos de experiência disponíveis para o mercado e eu sou recém-formada, então fica muito competitivo”, disse Biasoli.

    De acordo com uma consultoria de análise de dados, entre 2012 e 2020 o número de jovens fora da escola ou faculdade vinha diminuindo lentamente. No entanto, o percentual de pessoas dessa faixa etária que está fora do mercado de trabalho saltou no começo da disseminação da Covid-19 no Brasil no ano passado. 

    No fim de 2020, 25% das pessoas entre 15 e 29 anos nem estudavam e nem trabalhavam. No segundo trimestre de 2020, esse índice atingiu um recorde de 29%.

    Número de jovens que nem trabalham nem estudam aumentou na pandemia
    Número de jovens que nem trabalham nem estudam aumentou na pandemia (03.mai.2021)
    Foto: Reprodução / CNN

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