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    Governo apura vazamento de dados telefônicos de 100 milhões de brasileiros

    Os registros de 102.828.815 pessoas referentes a números de celular, tempo das ligações, dados pessoais, entre outros dados, foram expostos

    Washington Luiz, colaboração para o CNN Brasil Business 

     

    A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) informou, nesta quinta-feira (11), que apura as informações sobre o vazamento de dados pessoais de mais de 100 milhões de brasileiros. 

    Em nota, o órgão afirma que “está tomando todas as providências cabíveis” e que oficiou “a Polícia Federal, a empresa que noticiou o fato e as empresas envolvidas, para investigar e auxiliar na apuração e na adoção de medidas de contenção e de mitigação de riscos relacionados aos dados pessoais dos possíveis afetados”. 

     

    A ANPD ainda afirma que “atuará de forma diligente em relação a eventuais violações à Lei 13.709/2018 (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais – LGPD), e promoverá, com os demais órgãos competentes, a responsabilização e a punição dos envolvidos”. 

    O novo vazamento de dados foi divulgado nessa quarta-feira (10) pela Psafe. Segundo a empresa de segurança da informação, os registros de 102.828.815 pessoas referentes a números de celular, tempo das ligações, dados pessoais, entre outros dados, foram expostos.

    A Psafe afirma que o criminoso responsável pelo vazamento identificou as fontes. Elas seriam as operadoras Claro e Vivo. No entanto, as autoridades não confirmam se os dados são das bases dessas empresas, uma vez que os cibercriminosos costumam atribuir nomes às bases para ter credibilidade na hora de vender no mercado ilegal.

    Procurada, a Claro afirmou à CNN que não identificou vazamento de dados, e destacou que a empresa que localizou a base “não encontrou evidências que comprovem a alegação dos criminosos”.  

    A Vivo afirmou, em nota que “não teve incidente de vazamento de dados” e disse que “possui os mais rígidos controles nos acessos aos dados dos seus consumidores e no combate à práticas que possam ameaçar a sua privacidade”.

    Esse é o segundo vazamento de dados que ocorre no Brasil neste ano. Em janeiro, informações de 223 milhões de brasileiros relacionadas a CPF, renda, benefícios do INSS, entre outros foram disponibilizados na deep web. 

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