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    FreteBras: Valor do frete fica estável, apesar de forte alta no preço do diesel

    FreteBras informou ainda que, na comparação com abril, o valor do frete recuou 0,14% no mês passado, enquanto o diesel acumulou alta de 6,38%

    Por Gabriel Araujo, da Reuters

     

    O valor do frete para transportes rodoviários de cargas no Brasil apresentou em maio uma estabilidade em relação ao nível visto no mesmo mês do ano anterior, apesar de um forte aumento no preço do diesel em igual base de comparação, mostraram dados publicados pela FreteBras nesta quarta-feira (30).

    Segundo o índice de preços da plataforma de transporte de cargas, que atua no segmento de relações entre transportadoras e caminhoneiros, o preço médio do frete no Brasil atingiu 1,01 real por quilômetro por eixo no mês passado, alta de 0,24% na comparação anual.

    Entre maio de 2021 e maio do ano passado, porém, o preço médio do diesel comum nos postos do país saltou 47,18%, o que indica que o aumento no valor do combustível não foi repassado aos caminhoneiros, disse a FreteBras.

    “Nós vemos que a situação do preço do frete tem sido uma das maiores preocupações e queixas do mercado”, afirmou em nota o diretor de Operações da FreteBras, Bruno Hacad.

    “A inflação acima de 8% nos últimos 12 meses e o preço do diesel dando um salto fazem com que o custo do transportador aumente exponencialmente.”

    Na terça-feira, representantes de caminhoneiros se reuniram com o presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, para apresentar demandas do setor, incluindo temas como a política de preços da estatal.

    De acordo com Hacad, maio “foi o mês mais crítico” para o preço do frete desde que a empresa começou a publicar seu índice, em fevereiro deste ano.

    A FreteBras informou ainda que, na comparação com abril, o valor do frete recuou 0,14% no mês passado, enquanto o diesel acumulou alta de 6,38%. Os dados sobre o valor do combustível, disse a empresa, são retirados de relatório da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

    Em termos regionais, a FreteBras indicou que o Norte apresentou em maio o maior valor do quilômetro por eixo no Brasil, de 1,09 real, enquanto o Sudeste apurou o menor patamar, de 0,98 real.

    O levantamento, acrescentou a companhia, tem como base o fluxo de dados de sua plataforma, que conta com 540 mil caminhoneiros cadastrados e 13 mil empresas assinantes.