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    França investiga marcas de moda por encobrir crimes contra humanidade na China

    Alvos são a Uniqlo France, unidade da japonesa Fast Retailing; a proprietária da Zara, Inditex; a francesa SMCP e a Skechers

    Benoit Van Overstraeten, da Reuters

    Procuradores franceses abriram uma investigação sobre quatro marcas do setor de moda suspeitas de encobrirem crimes contra a humanidade na região chinesa de Xinjiang, afirmou uma fonte do sistema judiciário do país nesta quinta-feira. 

    O procedimento está ligado a acusações contra a China sobre seu tratamento a membros da minoria muçulmana Uighur na região, incluindo uso de trabalhos forçados, segundo a fonte.

    A fonte disse à reportagem que a Uniqlo France, unidade da japonesa Fast Retailing, a proprietária da Zara, Inditex, a francesa SMCP e a Skechers são os alvos da investigação, confirmando uma reportagem do site francês Mediapart.

    “Uma investigação foi aberta pela unidade de crimes contra a humanidade dentro da procuradoria antiterrorismo após a abertura de uma queixa”, disse a fonte. 

    A Inditex afirmou que rejeita as alegações, acrescentando que conduziu controles rigorosos de rastreamento e que vai cooperar totalmente com a investigação francesa. 

    “Na Inditex temos tolerância zero contra todas as formas de trabalhos forçados e estabelecemos políticas e procedimentos para garantir que essa prática não aconteça na nossa cadeia produtiva”, disse a empresa em nota. 

    A SMCP informou que também vai cooperar com as autoridades francesas para provar que as acusações são falsas.

    A Uniqlo France não estava imediatamente disponível para comentário fora do horário comercial europeu. A Skechers disse que não comenta sobre litígio em andamento e indicou à Reuters uma declaração de março de 2021 na qual a empresa afirma que mantém um código de conduta rígido em relação a fornecedores.