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    Focus: mercado vê inflação a 6,07%, acima do teto da meta; PIB sobe para 5,18%

    A estimativa para a Selic se manteve em 6,5% ao ano

    Thâmara Kaoru, , do CNN Brasil Business, em São Paulo*

     

    O mercado financeiro voltou a elevar a expectativa para a inflação de 2021. Na 13ª semana consecutiva de alta, a projeção do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) subiu para 6,07%. Ao mesmo tempo, a estimativa para a Selic se manteve em 6,5% ao ano. 

    Os números são do Boletim Focus do Banco Central, divulgado nesta segunda-feira (5). O documento reúne a estimativa de mais de 100 instituições do mercado financeiro para os principais indicadores econômicos. 

    De acordo com a meta de inflação fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), o IPCA não deveria ultrapassar os 5,25% este ano. O centro da meta é de 3,75%, no entanto, a margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo permite que o índice varie de 2,25% a 5,25%.

    A Selic é a principal ferramenta da política monetária para o controle da inflação. Atualmente, a taxa está em 4,25% ao ano, e o BC já sinalizou que continuará o movimento de retirada de estímulos pela alta dos juros. Segundo o comunicado de junho do Comitê de Política Monetária (Copom), a próxima reunião, que acontecerá no início de agosto, deve trazer nova alta de 0,75 ponto percentual.

    Desempenho do PIB

    As perspectivas do mercado financeiro para a atividade econômica deste ano têm melhorado. A expectativa é que o PIB (Produto Interno Bruto) de 2021 fique em 5,18%. Na semana passada, era esperado crescimento de 5,05%. 

    Se confirmado, esse desempenho positivo do PIB de 2021 seria suficiente para recuperar a queda de 4,1% registrada em 2020. 

    A recessão do ano passado foi puxada pelos impactos econômicos da pandemia de Covid-19 e das medidas de isolamento social. Dessa forma, a alta do PIB deste ano está condicionada à melhora no cenário da crise sanitária e ao avanço da vacinação.

    *(Com informações de Matheus Prado)

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    Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil