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    FMI projeta PIB maior para países ricos e reduz de economias em desenvolvimento

    Países de baixa renda registraram corte de 0,4 ponto percentual em seu crescimento de 2021

    Logotipo do Fundo Monetário Internacional (FMI), em Washington, Estados Unidos
    Logotipo do Fundo Monetário Internacional (FMI), em Washington, Estados Unidos Foto: Yuri Gripas/Arquivo/Reuters (2018)

    David Lawder,

    da Reuters

    O Fundo Monetário Internacional (FMI) manteve nesta terça-feira (27) sua estimativa de crescimento global de 6% para 2021, melhorando a perspectiva para os Estados Unidos e outras economias ricas, mas reduzindo as projeções para vários mercados em desenvolvimento que lutam contra o aumento das infecções por Covid-19.

    A divergência tem como base acesso melhor a vacinas contra a Covid-19 e contínuo suporte fiscal em economias avançadas, enquanto os mercados emergentes enfrentam dificuldades em ambas as frentes, disse o FMI na atualização de seu relatório Perspectiva Econômica Global.

    “Quase 40% da população em economias avançadas foi totalmente vacinada, contra 11% em economias de mercados emergentes e uma pequena fração em países em desenvolvimento de baixa renda”, disse em comunicado a economista-chefe do FMI, Gita Gopinath.

    “Taxas de vacinação mais rápidas do que o esperado e retorno à normalidade levaram a melhoras (nas projeções), enquanto a falta de acesso a vacinas e novas ondas de casos de Covid-19 em alguns países, principalmente na Índia, levaram a reduções”, disse ela.

    O FMI aumentou com força suas projeções para os Estados Unidos, esperando agora crescimento de 7,0% em 2021 e 4,9% em 2022, altas de 0,6 e 1,4 ponto percentual, respectivamente, em relação ao relatório de abril.

    As projeções assumem que o Congresso dos EUA vai aprovar os 4 trilhões de dólares propostos pelo presidente Joe Biden em suporte a infraestrutura, educação e família, como imaginado pela Casa Branca.

    Impactos positivos dos planos de gastos dos EUA, junto com avanço esperado na vacinação, elevaram a projeção de crescimento global do FMI para 2022 a 4,9%, 0,5 ponto percentual a mais do que em abril.

    O Fundo cortou sua estimativa de crescimento em 2021 para a Índia, que tem enfrentado uma forte onda de infecções neste ano, em três pontos percentuais, a 9,5%. Também reduziu sua projeção para a China em 0,3 ponto percentual, citando redução do investimento público e do suporte fiscal.

    Países de baixa renda registraram corte de 0,4 ponto percentual em seu crescimento de 2021, com o Fundo citando a lenta distribuição de vacinas como principal fator que prejudica a recuperação.

    O FMI disse que os riscos negativos continuam significativos globalmente, incluindo o potencial de novas variantes altamente contagiosas levando a novas restrições de movimento e redução da atividade econômica.

    O FMI ainda disse que vê as pressões inflacionárias como o resultado transitório de “discrepâncias de oferta-demanda” conforme as economias reabrem, com a inflação devendo voltar a faixas pré-pandemia na maioria dos países em 2022. Mas o Fundo alertou que leituras persistentemente altas de inflação podem levar a uma “reavaliação” do cenário de política monetária pelo Federal Reserve e outros bancos centrais em países avançados.

    Ações preventivas por esses bancos centrais podem provocar um “impacto duplo” sobre os mercados emergentes, acrescentando saída de capital e condições financeiras mais apertadas como desafios ao crescimento deles.