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    Financiamento imobiliário com recursos da poupança dispara 78% em novembro

    Mesmo tendo caído 0,2% na comparação com outubro, o desempenho do mês passado foi o segundo maior da série histórica iniciada em julho de 1994

    Aluísio Alves, da Reuters

    Procura por imóveis com varanda cresceu 128% na quarentena
    Financiamento de imóveis: de janeiro a novembro, os empréstimos para a compra e construção de imóveis avançaram 52,1%
    Foto: CNN (29.jun.2020)

    O financiamento imobiliário no Brasil com recursos da caderneta de poupança atingiu R$ 13,8 bilhões em novembro, um salto de 77,9% em relação ao mesmo período de 2019, informou nesta quarta-feira (23) a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).

    Mesmo tendo caído 0,2% na comparação com outubro, o desempenho do mês passado foi o segundo maior da série histórica iniciada em julho de 1994, em termos nominais, confirmando a força do setor, mesmo diante da crise provocada pela pandemia da Covid-19.

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    De janeiro a novembro, os empréstimos no setor para financiar a compra e construção de imóveis avançaram 52,1%, para R$ 106,5 bilhões, próximo do pico histórico registrado em 2014, de R$ 112,85 bilhões.

    Em unidades financiadas, os empréstimos de novembro atenderam 46,2 mil imóveis, 1,5% a mais do que em outubro e 59,9% maior do que o apurado em novembro de 2019.

    No acumulado do ano até novembro, foram financiadas 370,9 mil unidades, resultado 39,3% acima do de um ano antes.

    Por instituições financeiras, a Caixa Econômica Federal liderou os desembolsos, com 43,5% do total, seguida por Bradesco (19,5%), Itaú Unibanco (18,6%), Santander Brasil (13%) e Banco do Brasil (3%).

    Com o juro básico na mínima histórica de 2% ao ano, como parte dos esforços do Banco Central para tentar reanimar a economia atingida pela pandemia, o financiamento imobiliário teve uma disparada surpreendente em 2020, puxando consigo o setor da construção civil e aliviando os efeitos da queda da atividade econômica.

    Com isso, seis construtoras estrearam na B3 neste ano com ofertas iniciais de ações (IPOs) para buscar recursos e financiar planos de crescimento. Outras nove aguardam aval da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para fazerem o mesmo.

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