Exploração da Amazônia é sintoma de economia com baixa produtividade, diz Guedes
Ministro gravou vídeo para a 61ª Assembleia de Governadores do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que ocorre nesta quinta-feira (18)
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que a exploração insustentável de recursos da Floresta Amazônica é sintoma de “um sistema econômico de baixa produtividade e com perspectivas limitadas à curto prazo”.
“O desenvolvimento sustentável da Amazônia deve ser parte de um esforço mais amplo de aumento de produtividade, melhoria da infraestrutura e do ambiente de negócios”, defendeu em participação gravada para a 61ª Assembleia de Governadores do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que ocorre nesta quinta-feira (18).
A ideia do ministro é alcançar esse esforço mais amplo por meio da agenda de reformas estruturais. “Reconhecemos que a floresta representa um patrimônio que deve ser cuidado para usufruto das gerações atuais e futuras, produzindo bens e serviços ambientais que beneficiem a população local, o Brasil e o mundo”, observou.
Guedes ressaltou também a ideia de ampliar as oportunidade da bioeconoma, desenvolvendo cadeias produtivas com alto potencial de agregação de valor e de melhoria da integração entre o setor produtivo e instituições de pesquisa e desenvolvimento. Ele demonstrou satisfação pela criação de um fundo para a Amazônia, proposta acolhida pelo BID e pelos demais países amazônicos.
“Isso se converte em iniciativa mais ampla em favor do desenvolvimento sustentável da região. Inclusive, com a flexibilidade para a captação de recursos do setor privado”, comentou.
Amazônia como fonte de renda
Ele ponderou, no entanto, que o território também representa o local de trabalho e a fonte de renda de milhões de pessoas. Assim, Guedes defendeu que a Amazônia seja vista como um “espaço real”, com oportunidade de investimentos, e não como uma “abstração”.
“O aproveitamento sustentável dos recursos florestais, seja para produção de madeira, seja para o turismo, gera renda e emprego para as comunidades locais e traz novos aliados para o combate aos desmatamento ilegal”, destacou.
Para a atração de aliados na conservação e uso sustentável da floresta, o ministro citou a inclusão de seis projetos de concessão florestal localizados na Amazônia na carteira do Programa de Parceria de Investimentos (PPI), bem como a a concessão de dois parques nacionais na região.
“Queremos extirpar a mineração ilegal, o desflorestamento e o desmatamento ilegais”, afirmou.