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    EUA têm pilha de pedidos de auxílio-desemprego, mas pico deve passar

    Pacote de ajuda do governo aumentou o valor dos pagamentos para os desempregados por 4 meses e flexibilizou as regras de acesso

    Entrada no Departamento do Trabalho de Nova York, fechado ao público por causa do coronavírus (20.mar.2020)
    Entrada no Departamento do Trabalho de Nova York, fechado ao público por causa do coronavírus (20.mar.2020) foto-reuters-andrew-kelly

    O número recorde de pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos na semana passada será rapidamente superado, prevêem economistas e autoridades estaduais, à medida que os órgãos locais de trabalho digerem uma pilha de pedidos pendentes, e a nova lei de estímulo estende os benefícios para os autônomos.

    De acordo com uma pesquisa da Reuters com economistas, os pedidos iniciais de auxílio-desemprego provavelmente subiram para 3,5 milhões, em dado ajustado sazonalmente, na semana encerrada em 28 de março. As estimativas da pesquisa chegaram a 5,25 milhões.

    Isso representaria um aumento de 220 mil a 1,97 milhão em relação aos 3,28 milhões da semana anterior, refletindo tanto os recém-desempregados quanto os estados que estão atendendo a pedidos anteriormente arquivados que ainda não haviam sido capturados no sistema devido à demanda esmagadora. Mais estados aplicaram políticas de “ficar em casa” na semana passada.

    Um pacote histórico de US$ 2,2 trilhões, ou Lei de Ajuda, Alívio e Assistência Econômica a Coronavírus (CARES, na sigla em inglês), assinado pelo presidente Donald Trump na última sexta-feira, está facilitando o pedido de auxílio-desemprego pelos trabalhadores. Ele aumentou os pagamentos para os desempregados em até US$ 600 a semana por trabalhador, e os trabalhadores demitidos receberiam esses pagamentos por até quatro meses.

    Acredita-se também que a flexibilização das restrições de registro pelo Departamento do Trabalho esteja contribuindo para o aumento das reivindicações. O órgão deu aos Estados flexibilidade para emendar suas leis, permitindo-lhes fornecer benefícios aos trabalhadores temporariamente desempregados por causa do coronavírus ou que precisam cuidar de um membro da família doente.

    Alguns economistas dizem que o novo projeto incentiva os pedidos de desemprego. “Inevitavelmente, o estímulo criou alguns incentivos perversos, potencialmente inflacionando os números de desemprego”, disse Michael Pearce, economista sênior da Capital Economics, em Nova York. “O seguro-desemprego federal adicional de US$ 600 por semana, equivalente a US$ 15/hora por uma semana de 40 horas, significa que pode haver casos em que os trabalhadores preferem aceitar uma dispensa temporária.”

    Por Lucia Mutikani e Heather Timmons. Reportagem adicional de Ann Saphir em São Francisco