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    Equipe econômica reduz projeção de alta do PIB de 2022 de 2,1% para 1,5%

    Valor ainda é melhor que a estimativa do mercado financeiro, que, de acordo com a última edição do Boletim Focus, prevê alta de 0,49%

    Anna Russida CNN , Brasília

    A equipe econômica do governo federal revisou para baixo a projeção de crescimento econômico em 2022. Segundo o Boletim Macrofiscal do Ministério da Economia, divulgado nesta quinta-feira (17), a expectativa é que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça 1,5% este ano, ante 2,1% esperado anteriormente.

    O valor ainda é melhor que a estimativa do mercado financeiro, que, de acordo com a última edição do Boletim Focus, prevê alta de 0,49%.

    “Entre fatores positivos para impulsionar o crescimento em 2022, elencam-se a taxa de poupança elevada, a recuperação do setor de serviços, a contínua melhora do mercado de trabalho e o robusto investimento, tanto privado como em parceria com o setor público”, destaca a pasta.

    Também é citado o “alto volume de investimento contratado para 2022”. Segundo o documento, são quase R$ 80 bilhões de investimentos esperados em 2022, valor equivalente a 1% do PIB.

    Por outro lado, a equipe econômica admite que ameaças ao crescimento econômico ainda não estão descartadas, como possíveis quebras de cadeias globais de valor afetando a oferta, deterioração das condições financeiras e efeitos do conflito sobre o comércio internacional e o balanço de pagamentos do Brasil. Tais riscos estão ligados aos impactos econômicos da guerra na Ucrânia.

    Outro fator monitorado é a consequência da pandemia sobre a atividade econômica. “Como em toda projeção, há incerteza inerente às estimações para o horizonte prospectivo. […] Observa-se que a variância das estimações aumenta a cada ano à frente, o que indica que as projeções de crescimento tendem a ser revistas à medida que a economia sofra novos choques”.

    PIB trimestral

    A equipe econômica projeta crescimento econômico de 1% nos primeiros três meses do ano, ante o mesmo período de 2021. Na comparação com o trimestre imediatamente anterior, o avanço deve ser de 0,5%.

    Enquanto a variação interanual deve ser puxado por um crescimento de 2,6% no setor de serviços, o avanço ante os últimos três meses do ano passado deve ser impulsionado por um crescimento de 2% no setor agropecuário e variação positiva de 0,4% nos serviços.

    Inflação acima da meta

    O governo elevou novamente a projeção oficial para a inflação de 2022. Segundo a equipe econômica, a expectativa atual é de que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) feche o ano em 6,55%. O número é pouco superior aos 6,45% esperados pelos analistas do mercado financeiro.

    Na edição anterior do documento, publicada em novembro, a previsão para a inflação era de 4,7%. Em setembro e julho, o IPCA esperado para 2022 ainda estava no patamar dos 3%.

    Se confirmada a nova projeção, a inflação vai superar o teto da meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) pelo segundo ano consecutivo. Enquanto o centro da meta de inflação este ano é de 3,5%, o intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual deixa uma margem para que o IPCA varie entre 2% e 5%.

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