Endereços chineses de criptomoedas destinaram US$ 2,2 bi para atividades ilegais
Quantia foi transferida para contas ligadas a fraudes e darknets
Endereços chineses de criptomoedas transferiram o equivalente a mais de US$ 2,2 bilhões em recursos para contas vinculadas a atividades ilegais como fraudes e operações de darknets entre abril de 2019 e junho deste ano, segundo dados da empresa de pesquisa em blockchain Chainalysis, divulgados nesta terça-feira (3).
Os endereços receberam US$ 2 bilhões em criptomoedas de fontes ilícitas também, tornando a China um grande mercado para crimes relacionados a moedas digitais, afirma o levantamento.
Entretanto, o volume de transações da China com endereços ilícitos caiu drasticamente ao longo do período analisado em termos de valor absoluto e em relação a outros países, afirmou a Chainalysis.
O principal motivo é a ausência de esquemas grandes de pirâmide como o de 2019 que envolveu a carteira digital e bolsa PlusToken, segundo a empresa. Usuários e clientes perderam algo entre US$ 3 bilhões e US$ 4 bilhões no esquema.
A grande maioria das movimentações ilegais de recursos em criptomoedas na China está relacionada a esquemas de fraude, embora isso também venha caindo, afirma o levantamento.
“Isso ocorre principalmente por causa da atenção criada pelo escândalo da PlusToken, bem como por campanhas de fiscalização do governo na área”, disse Gurvais Grigg, vice-presidente de tecnologia para o setor global público da Chainalysis.
O levantamento também cita o tráfico para fora da China de fentanil, um narcótico muito potente para tratamento de dor crônica ou dor pós-operatória. A Chainalysis descreve a China como o centro do comércio global de fentanil, com muitos fabricantes chineses da droga usando criptomoedas para fazer transações.
A prática de lavagem de dinheiro é outra forma significativa de crime na China que envolve criptomoedas, segundo a Chainalysis.
