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    Empresa ligada à morte de João Alberto é parceira do Carrefour em lojas de SP

    Companhia atua junto com o Grupo CTS nas lojas de SP, onde são responsáveis pela “proteção do patrimônio e da integridade física de funcionários e clientes"

    Foto: REUTERS/Régis Duvignau

    Julyanne Jucá, da CNN, em São Paulo

     

    O Grupo Carrefour respondeu aos questionamentos feitos pelo Procon-SP em relação a morte de João Alberto Silveira Freitas, ocorrida em uma das lojas da empresa em Porto Alegre, em novembro. A mesma empresa de segurança envolvida no crime presta serviços à rede em São Paulo.

    O Carrefour afirmou ao Procon que todas as medidas para responsabilizar os envolvidos no assassinato de João Alberto foram adotadas. O contrato com a empresa Vector, que é responsável pelos seguranças acusados do crime, foi rescindido na loja Passo D’areia e em todas as do Rio Grande do Sul.

    No entanto, a empresa Vector atua em conjunto com o Grupo CTS nas lojas de São Paulo, onde são responsáveis pela “proteção do patrimônio e da integridade física dos funcionários e cliente”. No estado paulista, o Carrefour diz que cobra “a mesma rigidez moral que defende e aplica para todas as suas relações, sejam com clientes, colaboradores, fornecedores e especialmente prestadores de serviço”, mas não tratou da rescisão do contrato nesse local.

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    O Procon analisou as respostas recebidas pelo Carrefour. Para o órgão, “o fornecedor precisa ir além, devendo garantir que sua estrutura e corpo funcional (próprio ou terceirizado) estejam aptos a lidar com as mais diversas situações.”

    Os argumentos utilizados pelo grupo de hipermercado “não a excluem de culpa e, também não comprovam que a equipe de vigilância e a preposta que faz parte da ação nas imagens, tenham atuado sem falhas na abordagem do cliente e na tratativa da ocorrência.”

    “O fornecedor não esclareceu quais os protocolos são recomendados nessas situações e não detalha quais tipos de procedimentos e providências compõem os mesmos. Também não informou sobre o treinamento que é ofertado às equipes de segurança e demais terceirizados para atuação nesse tipo de ocorrência. Apenas garantir que os contratos firmados contemplem um Código de Ética, não garante de que a empresa contratada tem providenciado de forma efetiva o treinamento adequado de seus colaboradores”, explica o Procon.

    O documento que envolve a notificação do Carrefour e suas respostas vão ser encaminhados à diretoria de fiscalização do Procon, para que seja analisada a necessidade de aplicação de sanções no âmbito do Código de Defesa do Consumidor. 

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