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    Embraer se diz aberta a parcerias após fracasso com Boeing, e ações sobem

    A empresa reportou prejuízo de R$ 433,6 milhões no primeiro trimestre, com queda de vendas em razão da pandemia do novo coronavírus

    Aeronaves da Embraer e da Boeing lado a lado durante exibição em Paris, na França
    Aeronaves da Embraer e da Boeing lado a lado durante exibição em Paris, na França Foto: Pascal Rossignol - 16.jun.2017/ Reuters

    A Embraer espera assinar novas parcerias estratégicas no futuro depois que a Boeing repentinamente cancelou em abril um acordo para assumir o controle da divisão de jatos comerciais da empresa.

    O presidente-executivo da Embraer, Francisco Gomes Neto, disse que ainda é cedo para discutir essas oportunidades, pois a empresa está estudando um novo plano de cinco anos. Ele acrescentou que as parcerias estratégicas podem envolver produtos, engenharia e produção e países como China, Índia “e outros”.

    As ações da companhia subiam 1,4% às 13h20, enquanto o Ibovespa principal índice da bolsa de valores brasileira, subia 1,6%. Na sexta-feira, os papéis da fabricante de aeronaves chegaram a ter um pico de alta de mais de 18% durante a tarde, e fecharam em alta de 2,4%, após a notícia de que companhias estrangeiras teriam interesse em um acordo com a brasileira.

    A agência de notícias Reuters informou na sexta-feira que China, Rússia e Índia estavam sondando a Embraer e estudando possíveis acordos, embora qualquer negociação seja preliminar.

    Mais cedo, a Embraer informou, porém, que atualmente não está negociando com a estatal COMAC da China, a Irkut da Rússia ou a Índia sobre qualquer possível acordo para substituir a transação da Boeing.

    A empresa reportou nesta segunda-feira prejuízo de R$ 433,6 milhões no primeiro trimestre, com queda de vendas em razão da pandemia do novo coronavírus, além de reflexos do fracasso do acordo com a Boeing.

    A empresa disse que sua decisão de colocar funcionários em férias remuneradas em janeiro para finalizar os detalhes do acordo com a Boeing foi responsável por uma queda de 23% na receita. Em março, a Embraer novamente afastou os trabalhadores devido à pandemia de coronavírus.

    Os executivos se recusaram a comentar um processo de arbitragem contra a Boeing devido ao cancelamento do negócio.

    Mas a empresa disse que espera se recuperar de custos tributários da Boeing relacionados ao acordo que afetaram negativamente seus resultados trimestrais.

    Em abril, a Boeing anunciou que estava desistindo do acordo para comprar o negócio de jatos regionais da Embraer. Os termos e condições, aprovados em 17 de dezembro de 2018, definiram a criação de uma joint venture (Boeing Brasil Commercial) contemplando ativos do segmento de Aviação Comercial da Embraer e serviços relacionados (segmento de Serviços & Suporte) com 80% de participação da Boeing e 20% da Embraer.

    *Com Reuters