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    Em relação à queda de 1,19% na inflação, 1% é devido à gasolina, diz economista

    Preço médio da gasolina no Brasil pode voltar ao patamar de junho de 2021 nesta semana

    Artur Nicocelido CNN Brasil Business*Ludmila CandalIsabella Galvãoda CNN* , em São Paulo

    Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) recuou 1,19% no fechamento de julho, após deflação de 0,44% na terceira quadrissemana e alta de 0,67% em junho. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (1º) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

    Paulo Picchetti, economista coordenador do IPC do Ibre da FGV, afirmou, em entrevista à CNN, que em relação à queda de 1,19% na inflação, 1% é devido à gasolina. O índice da FGV contempla aproximadamente 300 itens.

    Segundo o especialista ainda, o combustível resulta em uma “queda temporária [da inflação], é uma queda pontual”.

    Dessa forma, ele afirma que a “inflação continua relativamente alta”. O acumulado em 12 meses está em 8%, mas deve cair até o final do ano. A expectativa de Picchetti é que feche em torno de 7% – valor ainda acima da meta do Banco Central.

    Para 2022, a meta para o IPCA está em 3,5%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual.

    Dentre todos os itens do IPC-S, a alimentação segue em alta de mais de 1% “e é isso que o consumidor sente mais do que qualquer coisa no dia a dia, na ida ao supermercado… é o que pesa no orçamento [pessoal e familiar], afirmou o economista.

    O coordenador do IPC do Ibre da FGV afirmou ainda que os alimentos devem continuar pressionado nos próximos meses.

    Preço dos combustíveis

    O preço médio do combustível no Brasil pode voltar ao patamar de junho de 2021 nesta semana. O motivo é a nova redução aplicada pela Petrobras na venda do combustível às distribuidoras de R$ 0,15 por litro.

    Esse é o segundo anúncio na gestão do novo presidente da estatal, Caio Paes de Andrade, que assumiu o cargo no final do mês passado. No último dia 20, a Petrobras reduzido em R$ 0,20 o litro da gasolina para as distribuidoras.

    A variação nos postos de combustíveis deve ser de R$ 0,11 por litro, a partir da conta proporcional considerando a mistura com etanol.

    O cálculo é feito pela própria Petrobras.

    No levantamento feito pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) divulgado na última sexta-feira (29), o valor médio do litro do combustível estava em R$ 5,74.

    A pesquisa é feita por uma empresa contratada pela ANP, que fotografa as placas de preços e produz relatórios. São analisados mais de 5,5 mil postos.

    Formação de preços

    Na quarta-feira (27), a Petrobras informou que foi aprovada uma diretriz de formação de preços no mercado interno que incorpora uma “camada adicional de supervisão” da execução das políticas de preços de combustíveis pelos conselhos de administração e fiscal.

    Apesar da supervisão pelos conselhos, a Petrobras reiterou em comunicado a tomada de decisão sobre a política de preços pela diretoria-executiva, e disse que a empresa vai continuar buscando obter lucro.

    “A Diretriz reitera a competência da Diretoria Executiva na execução das políticas de preço, preservando e priorizando o resultado econômico da Companhia, buscando maximizar sua geração de valor”, informou a companhia, em nota.

    *Com informações de Pedro Duran e de Thâmara Kaoru, da CNN

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