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    Efeito do novo marco do saneamento vai demorar para ser sentido, diz economista

    Para Alexandre Scwartsman, matéria é importante, mas não irá resgatar o país da pandemia do novo coronavírus

    Da CNN, em São Paulo

    Em entrevista para a CNN nesta quarta-feira (24), o economista Alexandre Scwartsman falou sobre o novo marco legal do saneamento básico aprovado pelo Senado Federal. O projeto torna obrigatória a licitação para a contratação de serviços de saneamento, permitindo a participação de empresas privadas, prorroga o prazo para o fim dos lixões e facilita a privatização de estatais do setor. O texto agora aguarda a sanção do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

    Para ele, a aprovação da matéria é importante, mas desconfia que não irá resgatar o país da pandemia do novo coronavírus. “É bom e positivo, vai ajudar em várias frentes, [mas] até nós termos de fato abertura de concessões para o setor privado vai demorar muito”, disse.

    Sobre os esforços do governo federal em combater as consequências da crise de saúde publica na economia, Scwartsman avalia que, no conjunto da obra, “não é tão ruim”. 

    “Mas falta a mão de alguém que estivesse pensando no problema como um todo ao invés de um conjunto de iniciativas mais ou menos individuais, que têm um traço comum, mas nenhuma política bem organizada por trás”, explicou.

    FMI

    Na atualização de seu relatório Perspectiva Econômica Global divulgada nesta quarta-feira, o Fundo Monetário Internacional (FMI) passou a projetar contração do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro de 9,1% neste ano, contra recuo de 5,3% previsto em abril, já calculado por reflexo da pressão das medidas adotadas contra a Covid-19.

    Para o economista, a projeção está “um pouco exagerada”. “Eu tenho uma projeção que é um pouco pior que o mercado, que é de uma queda de 7% a 7,5%”, falou.

    (Edição: André Rigue)