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    Economia dos EUA contrai no 1º trimestre; pedidos de auxílio-desemprego caem

    Produto Interno Bruto norte-americano caiu a uma taxa anualizada de 1,4%, disse o Departamento de Comércio

    Reuters

    A economia dos Estados Unidos contraiu inesperadamente no primeiro trimestre, já que o ressurgimento nos casos de Covid-19 afetou a atividade, mas o declínio na produção pinta um quadro equivocado da atividade em meio à sólida demanda interna.

    O Produto Interno Bruto (PIB) norte-americano caiu a uma taxa anualizada de 1,4% no último trimestre, disse o Departamento de Comércio em sua estimativa antecipada do PIB na quinta-feira (28).

    Esse foi o primeiro declínio desde a recessão pela pandemia há quase dois anos.

    A economia cresceu a um ritmo robusto de 6,9% no quarto trimestre.

    Economistas pesquisados pela Reuters haviam previsto que a economia cresceria a uma taxa de 1,1%. As estimativas variavam de uma contração de 1,4% a crescimento de 2,6%.

    A queda na produção refletiu um déficit comercial e um ritmo moderado de acúmulo de estoques.

    Embora o número possa levar a temores de estagflação e recessão em alguns trimestre, não é um reflexo verdadeiro da economia

    Os gastos dos consumidores foram sólidos e o investimento empresarial em equipamentos acelerou acentuadamente.

    O Federal Reserve deverá aumentar a taxa de juros em 50 pontos-base na próxima quarta-feira (4), e em breve começará a cortar sua carteira de ativos.

    O banco central dos EUA aumentou sua taxa de juros em 25 pontos em março, o primeiro aumento em mais de três anos, conforme combate a inflação. Os preços anuais ao consumidor aumentaram em março em seu ritmo mais rápido em 40 anos.

    Mesmo com o aumento dos preços dos alimentos e da gasolina, ainda não há sinal de que os consumidores estejam recuando

    Fortes ganhos salariais em meio a um mercado de trabalho apertado e pelo menos 2 trilhões de dólares em poupança em excesso acumulados durante a pandemia estão proporcionando um alívio contra a inflação.

    O fortalecimento das condições do mercado de trabalho foi reforçado por um relatório separado do Departamento do Trabalho, nesta quinta-feira, mostrando que os pedidos iniciais de auxílio-desemprego caíram em 5.000, para 180.000 na semana encerrada em 23 de abril

    Economistas projetavam 180.000 pedidos para a última semana. De acordo com os dados do Bank of America Securities, os consumidores de baixa renda, que tendem a ser desproporcionalmente afetados pela inflação, estavam mostrando maior resiliência.

    Ainda assim, permanece o receio de que o Fed possa apertar agressivamente a política monetária e levar a economia à recessão ao longo dos próximos 18 meses.

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