Economia criativa e turismo são setores mais afetados pela pandemia, diz Sebrae
Os setores econômico e produtivo ainda amargam os efeitos da crise
Quase oito meses após o início da pandemia no Brasil, os setores econômico e produtivo ainda amargam os efeitos da maior crise sanitária já registrada no Mundo.
Uma pesquisa do Sebrae mostra que a economia criativa e o turismo sofreram as piores perdas de faturamento em tempos de coronavírus.
Segundo o levantamento, a economia criativa sofreu uma queda de 67% nos ganhos. O setor reúne o conjunto de negócios baseados no capital intelectual e cultural. Já o turismo, carro-chefe em cidades como Rio de Janeiro, Salvador e Recife também perdeu faturamento. O segmento teve uma redução de 63% no faturamento, comparando com o ano passado. As academias de ginástica aparecem na sequência da lista de perdas, com um rendimento financeiro 49% menor que em 2019.
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A pesquisa aponta, no entanto, uma leve melhora no quadro geral das pequenas empresas. São os casos de petshops, o setor de construção civil e empresas ligadas à indústria de base tecnológica, que registraram uma perda média de 36% no faturamento, mas 23% dos negócios já conseguiram igualar ou até mesmo superar os ganhos anteriores à chegada da pandemia.
Sobre o fluxo de caixa, 31% das empresas ouvidas possuem empréstimos em aberto e com atraso no pagamento das parcelas. 70% dos empréstimos foram realizados em bancos públicos.
A pesquisa do Sebrae foi feita entre os dias 28 de setembro e 1 de outubro. Foram ouvidos mais de 6 mil empresários de todos os 26 estados e do Distrito Federal.