Disparam encomendas de robô brasileiro que alimenta suínos enquanto toca música
A engenhoca toca música clássica, o que ajuda a aliviar o estresse dos porcos em fase de engorda
A demanda por um robô brasileiro que alimenta suínos enquanto toca música clássica disparou neste ano, em um momento em que os criadores buscam cortar custos em meio à pandemia de Covid-19.
A Roboagro, empresa de Caxias do Sul que vende a engenhoca, disse em um comunicado enviado à Reuters nesta quinta-feira que os pedidos aumentaram em média 400%, para 60 unidades por mês.
A máquina que alimenta os animais, acomodados baias, garante que eles recebem a quantidade exata de ração em cada refeição. Enquanto avança entre os compartimentos, o robô toca música clássica, o que a empresa afirma aliviar o estresse dos porcos em fase de engorda.
Leia também:
CNA projeta avanço de 9% para o PIB do agronegócio em 2020 e alta de 3% em 2021
Mercado de defensivo biológico avança com alta demanda de produtos sustentáveis
O diretor da Roboagro, Giovani Molin, afirmou em nota que o robô reduz a presença de humanos nas criações de porcos, além de gerar dados que ajudam a melhorar o gerenciamento geral do rebanho.
A ração corresponde por até 75% dos custos de produção de suínos, e cada centavo conta em meio a uma forte alta nos preços dos grãos, devido à demanda aquecida.
Segundo a Roboagro, os produtores que utilizam a tecnologia podem melhorar o índice de conversão alimentar dos animais, aumentando o seu rendimento. O robô pode gerar uma economia anual de cerca de 40 mil reais a cada lote de mil animais, disse a empresa, em cálculo que não inclui custos de mão de obra.
A Roboagro afirma que seu robô é utilizado em cerca de 500 granjas no Brasil, incluindo fornecedoras de grandes frigoríficos, como a JBS e a BRF, que enfrentaram surtos de Covid-19 em suas instalações.
O Brasil, um grande produtor de proteína animal, aumentou o volume de exportações de carne suína em 40% nos dez primeiros meses deste ano. Esse comércio gerou US$ 1,87 bilhão em receita, alta de quase 50%, diante da firme demanda chinesa.
Clique aqui para acessar a página do CNN Business no Facebook