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    Desemprego no Brasil diminui e se aproxima de patamar pré-pandemia, diz Ipea

    Dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada apontam que melhora no indicador foi puxada pelos mais jovens

    Iuri Corsinida CNNRayane Rochada CNN* , Rio de Janeiro

    Depois de dois anos, a quantidade de brasileiros empregados, em janeiro deste ano, se aproxima do número de trabalhadores no país antes da chegada do coronavírus, em 2020.

    Informações divulgadas nesta segunda-feira (28) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), com base nos dados da última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua), indicam uma retomada do mercado de trabalho.

    De acordo com o levantamento realizado pelo instituto federal, atrelado à estrutura do Ministério da Economia, o primeiro mês de 2022 registrou um total de 94,1 milhões de empregados no Brasil.

    Em janeiro de 2020, antes do início da pandemia, esse contingente era de 94,5 milhões. Na comparação com janeiro do último ano, o atual cenário representa alta de 8,1% no número de trabalhadores ocupados.

    Segundo o Ipea, esse aumento foi o principal responsável pela queda de 3,3 pontos percentuais na taxa de desocupação. O índice saiu de 14,7% em janeiro de 2021 para 11,4% para o mesmo período deste ano.

    Apesar da queda ter se dado de modo generalizado no país, o maior recuo ficou com a região Sudeste. O estudo revela que São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo foram os principais responsáveis pela melhora no número de desempregados.

    Nos quatro estados da região, o percentual de desocupados caiu de 15,1%, no primeiro mês do ano passado, para 11,2% em janeiro de 2022.

    Embora o estudo apresente um cenário mais favorável e indique a retomada dos patamares pré-pandêmicos, o Ipea destaca que o número de desempregados ainda é bastante significativo. Atualmente, há 12,1 milhões de cidadãos sem emprego.

    O órgão também alega que a maior parte das novas vagas surgidas têm sido geradas em segmentos informais da economia. Ou seja, apesar de empregadas, muitas destas pessoas estão recebendo menos e não contam com a proteção dos direitos trabalhistas.

    Queda de desemprego é maior entre jovens

    Na avaliação por idades, o recuo mais intenso se deu entre os mais jovens. Ainda que todos os grupos tenham registrado um declínio na desocupação, o desemprego retroagiu 6,2 pontos percentuais entre os mais novos. Entre o quarto trimestre de 2020 e o quarto trimestre de 2021, a redução neste grupo foi de 29% para 22,8%.

    O contingente de ocupados com ensino fundamental incompleto também apontou crescimento de 16,2%, possibilitando uma queda de 5,1 pontos percentuais da taxa de desocupação, que passou de 23,5% para 18,4%, no período em questão.

    *Sob supervisão de Stéfano Salles

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