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    Debater novo imposto ou teto de gastos seria antecipar eleição de 2022, diz Maia

    "Não faz sentido esse debate sobre nenhum imposto. (...) Significa transferir para a sociedade o que é responsabilidade do agente público", afirmou o deputado

    O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), fala à imprensa
    O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), fala à imprensa Foto: CNN (22.jul.2020)

    Larissa Rodrigues, da CNN em Brasília

    O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta quarta-feira (22), durante live realizada com o economista Renoir Vieira, que discutir a criação de um novo imposto nos moldes da antiga CPMF ou a possibilidade de extrapolar ou revogar o teto de gastos seria “antecipar as eleições de 2022”.

    “Não faz sentido esse debate sobre nenhum imposto. É o discurso mais fácil. Significa transferir para a sociedade o que é responsabilidade do agente público”, declarou Maia sobre a criação de um novo tributo no texto da reforma tributária.

    Nesta terça-feira (21), o governo federal entregou a primeira parte de sua proposta de reforma ao Congresso Nacional. O texto prevê a criação da Contribuição Social sobre Operações com Bens e Serviços (CBS), unificando em um único tributo sobre bens e serviços o PIS e Cofins, que serão extintos.

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    Segundo Maia, o tema é complexo e tem como objetivo reduzir “os litígios tributários e a guerra fiscal”.

    “Vamos focar primeiro nessa discussão, mas não é da noite para o dia que vai se implementar uma reforma tributária no Brasil”, afirmou.

    “Agora que foi apresentada a proposta do governo, por mais 30, 40, 60 dias teremos necessidade de explicar a reforma tributária, para mostrar que as contas que alguns sindicalistas do setor de serviço estão fazendo não estão corretas. No fundo, a sociedade como um todo e os setores serão beneficiados”, disse o presidente da Câmara.

    Sucessão

    Perguntando sobre um possível sucessor, já que deixa a presidência da Câmara em fevereiro do ano que vem, Maia disse que irá apoiar aquele que garantir dar continuidade às reformas, em especial a tributária.

    “Tem muitos nomes, deputados e deputadas que têm pretensão, isso é legítimo, esse sonho. Então, se eu tiver alguns votos, o meu candidato vai ser aquele que nos ajudar, aquele grupo de pessoas que nos ajudar a aprovar a reforma tributária. Acho que vai ser um legado muito importante que o parlamento vai deixar para sociedade brasileira”, disse.