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    Credit Suisse eleva a 6,5% projeção para Selic no fim do ano e vê inflação maior

    Credit Suisse espera que o BC implemente mais cinco acréscimos consecutivos de 0,75 ponto cada, o que colocaria a taxa em 6,5% no próximo mês de outubro

    Sede do Banco Central, em Brasília
    Sede do Banco Central, em Brasília Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

    Por José de Castro, da Reuters

     O Credit Suisse elevou a 6,5% a projeção para a Selic ao fim dos anos de 2021 e 2022, devido a um Banco Central mais preocupado com a inflação e ao cenário inflacionário desfavorável.

    Com a elevação de 0,75 ponto percentual nos juros na noite de quarta-feira (17), a Selic está agora em 2,75%. O Credit Suisse espera que o BC implemente mais cinco acréscimos consecutivos de 0,75 ponto cada, o que colocaria a taxa em 6,5% no próximo mês de outubro, patamar em que permaneceria pelo menos até o final de 2022.

    O CS projeta que a inflação alcançará 5,1% neste ano e 4,0% em 2022 –ambas as taxas acima dos centros das metas para os respectivos anos: 3,75% para 2021 e 3,5% para 2022.

    “Ainda vemos pressão sobre a inflação nos próximos meses”, disse o banco privado.

    Há um mês, o Credit Suisse via IPCA de 4,5% em 2021, projeção elevada ante 4,2% do cenário anterior. Também em fevereiro, a instituição calculava que a Selic fecharia o ano em 4,5%.

    “Acreditamos que a magnitude total do ciclo ainda dependerá do balanço de riscos e das principais variáveis econômicas. Achamos que uma estratégia melhor seria ser dependente de dados”, disse o banco privado em nota.

    “A incerteza quanto ao lado fiscal da economia é muito grande, e seria melhor deixar a porta aberta para o ponto final”, acrescentou.

    Na noite de quarta-feira, o BC surpreendeu parte dos analistas ao elevar a Selic em 0,75 ponto percentual, para 2,75% ao ano, na primeira alta de juros em cerca de seis anos.

    Ainda assim, o Copom falou em “processo de normalização parcial” da política monetária, sugerindo que a taxa não subirá a ponto de zerar o estímulo monetário neste ano.