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    Contas de luz poderão ser pagas pelo meio de pagamento instantâneo PIX

    Entre as facilidades da medida, a ANEEL e o BC destacam a diminuição do custo de cobrança e até evitar que a luz dos imóveis seja desligada

    Anna Russi, , do CNN Brasil Business, em Brasília

    O Banco Central (BC), junto à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), anunciou, nesta quinta-feira (20), um acordo para que os consumidores brasileiros possam pagar suas contas de luz por meio do pagamento instantâneo brasileiro, o PIX, que será lançado pelo BC em 16 de novembro. 

    O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, destacou que o acordo com a Aneel vai sedimentar a base de crescimento do PIX no país.

    “Entendemos ainda que o PIX tem potencial enorme de trazer ganhos de eficiência para as distribuidoras de energia elétrica. Bale lembrar que o instrumento meio de pagamento instantâneo reduz o custo operacional das empresas de maneira geral, uma vez que tem uma redução no custo tanto de tempo quanto operacional ligado a uma transição não digital”, completou. 

    Já o diretor-geral da Aneel, André Pepitone da Nóbrega, ressaltou que, para os pagadores, o PIX poderá agilizar o religamento da energia, no caso de residências e estabelecimentos comerciais que atrasarem o pagamento das faturas.

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    “Podemos listar o meio adicional de pagamento das faturas permitindo maior aderência as características pessoais do universo dos consumidores”, diz Nóbrega. “Terá uma regularização mais rápida do inadimplemento dos consumidores, uma vez que o atrasamento da fatura cai imediatamente na conta da distribuidora evitando o desligamento indevido.”

    Para as distribuidoras, o executivo também observou os benefícios da disponibilidade imediata do recurso e da facilidade de automação e conciliação do pagamento.

    “O recebimento do recurso será forma mais rápido para as distribuidores, o que representa preservação do capital de giro das empresas. Haverá ainda a redução do custo de cobrança e da quantidade de instituições bancárias contratadas pelas distribuidoras trazendo reflexo positivo nas tarifas para o consumidor”, completou.

    Pelo PIX, a fatura de energia elétrica poderá ser quitada em segundos, a qualquer hora do dia e em qualquer dia da semana. Segundo o BC, o acordo facilita ainda as atividades das distribuidoras de energia. 

    “O PIX é mais rápido e barato para essas empresas receberem pela prestação do serviço. A ANEEL fará a interlocução com as distribuidoras e com o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) para que o PIX alcance todas as prestadoras de serviço”, informou Campos Neto.

    Essa transição das distribuidoras de energia elétrica será feita gradualmente, podendo durar até dois anos. 

    Além do acordo com a Aneel, o BC já firmou parceria com a Secretaria do Tesouro Nacional (STN), para o recolhimento de taxas federais.

    Futuro do sistema financeiro

    Campos Neto adiantou que, no futuro, o PIX deve convergir e se unir a um sistema de dados aberto, junto ainda à uma moeda que ainda será aperfeiçoada.

    “Temos projeto de simplificação dos processos de fechamento de câmbio que vão combinar com uma moeda conversível. Lá na frente enxergamos um mundo muito mais digitalizado inclusive com uma moeda digital”, disse. 

    Na avaliação o presidente da autarquia, se os Banco Centrais do mundo tivessem se adiantado para atender a demanda da população mundial por um meio de pagamento mais barato, rápido, seguro, aberto e transparente, por exemplo, a demanda por criptomoedas não teria surgido. 

    O presidente do BC acredita que, junto a implementação do 5G e de outras inovações, o pagamento instantâneo dá início a um movimento no setor financeiro.

    “O PIX é parte de um processo de democratização digital dos meios de pagamentos. Entendemos que ele é a semente dessas várias coisas que estão sendo plantadas para juntar inovação e competição”, afirmou.

    Na visão de Campos Neto, a pandemia trouxe uma oportunidade de acelerar essa inovação.

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