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    Construção civil enfrenta alta de preços e também quer taxa de importação zerada

    Julliana Lopes, da CNN, em São Paulo

     
    construção
    Edifício em construção
    Foto: Rahel Patrasso – 01.04.2020/Reuters

    A pandemia do novo coronavírus provocou alta nos alimentos e também em um outro setor importante para a engrenagem da economia: o da construção civil. Nesta terça-feira (15), empresários do setor entregarão ao governo federal um estudo sobre a disparada de preços dos materiais de construção e possíveis soluções para o problema. O levantamento foi realizado pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). 

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    Para enfrentar a crise, os empresários sugerem reequilibrar o abastecimento interno de materiais. Além disso, reduzir a zero o imposto de importação do setor pelo período de 12 meses, medida semelhante a que foi tomada pela equipe econômica depois da escalada dos preços do arroz. 

    No alvo das consequências negativas de uma crise no segmento, segundo o grupo, estão as obras do governo federal, que poderiam sofrer atrasos e aumento de custos. O alerta é específico para o “Pró Brasil”, o programa de investimentos públicos do governo que ainda não saiu do papel. 

    Em reuniões no Palácio do Planalto na última semana, o presidente Jair Bolsonaro demonstrou preocupação com o setor e pediu que a equipe econômica monitore a situação.

    Alerta de abuso de preços

    Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), somente em agosto, o tijolo subiu 9,32% e o cimento 5,42%. Em julho, as altas foram de 4,13% e 4,04%, respectivamente.  

    A CBIC calcula que cerca de 90% das construtoras do país já também gastaram mais com a compra de cabos elétricos, concreto e PVC. No documento endereçado à equipe econômica ao qual a CNN teve acesso, empresários questionam os preços elevados, mesmo diante de um aquecimento no setor, incentivado pela liberação do auxílio emergencial.

    Segundo o documento, houve abuso no aumento dos preços de materiais de construção e “aproveitamento, por parte dos fornecedores, dasituação de desabastecimento para recuperar preços. Isso sem que haja empenho para aumentar a produção.”

    O grupo pede ainda que o governo faça a mediação de discussões entre produtores e consumidores de materiais de construção.

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