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    Consórcio da Aegea vence leilão da Corsan com oferta única de R$ 4,15 bi

    Gestoras de ativos Perfin e Kinea também fazem parte do consórcio, que levou companhia gaúcha de saneamento com ágio de 1,15%

    Corsan possui contratos vigentes para prestação de serviços em 307 municípios, atendendo mais de 6 milhões de pessoas, segundo o edital do leilão
    Corsan possui contratos vigentes para prestação de serviços em 307 municípios, atendendo mais de 6 milhões de pessoas, segundo o edital do leilão Corsan

    Por Andre Romani, da Reuters

    O consórcio liderado pela Aegea venceu o leilão de privatização da companhia gaúcha de saneamento Corsan, realizado nesta terça-feira (20) com uma oferta única de cerca de R$ 4,15 bilhões, o que representa ágio de 1,15% em relação ao mínimo estabelecido no edital.

    Além da Aegea, o consórcio que arrematou a Corsan é formado pelas gestoras de ativos Perfin e Kinea. A Aegea, criada em 2010, é uma das maiores empresas de saneamento do país e possui uma série de concessões na área no país, que incluem parte dos ativos que formavam a estatal fluminense de água e esgoto Cedae. A companhia tem entre os principais sócios a holding Itaúsa.

    O leilão marcou mais um passo nas privatizações de saneamento no Brasil, depois que o Congresso aprovou em 2020 o marco do saneamento, que incentivou a atração de recursos do setor privado para expansão do alcance de serviços de coleta e tratamento de esgoto e distribuição de água tratada, um dos principais problemas da infraestrutura do país.

    A Corsan possui contratos vigentes para prestação de serviços em 307 municípios, atendendo mais de 6 milhões de pessoas, segundo o edital do leilão.

    O governo do Rio Grande do Sul chegou a divulgar prospecto para venda do controle da companhia via oferta pública inicial de ações (IPO), mas mudou a modelagem da desestatização em meados deste ano.

    O leilão ainda teve idas e vindas na Justiça. O presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ministro Lelio Bentes Corrêa, autorizou na véspera a continuidade do processo de privatização, após pedido da Procuradoria-Geral do Rio Grande do Sul.

    Isso porque um mandado de segurança impetrado pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Purificação e Distribuição de Água e em Serviços de Esgoto do Estado suspendia o processo.

    “É importante que se diga que talvez a judicialização…possa ter afastado outros investidores, mas, de qualquer forma, o importante é que o negócio se realizou”, disse o governador do Rio Grande do Sul, Ranolfo Vieira Júnior.

    O Rio Grande do Sul leiloou em julho a geradora de energia elétrica CEEE-G para o grupo CSN. No ano passado, o estado vendeu a distribuidora de energia CEEE-D para a Equatorial Energia e o braço de transmissão CEEE-T para a CPFL Energia.

    No setor de gás, o estado alienou em 2021 a distribuidora de gás canalizado Sulgás para a Compass, empresa da Cosan.