Confiança da indústria recua em abril e tem nível mais baixo em 8 meses, diz FGV
O governo editou nesta semana medida provisória prevendo a renovação do programa BEm, de apoio ao emprego formal, com custo estimado de R$ 9,98 bilhões
A confiança da indústria teve recuo pelo quarto mês seguido em abril e chegou ao nível mais baixo em oito meses em meio a uma série de incertezas em torno da situação atual, apontou os dados divulgados pela Fundação Getulio Vargas nesta quinta-feira (29).
O Índice de Confiança da Indústria (ICI) caiu 0,7 ponto no mês e foi a 103,5 pontos, nível mais baixo desde agosto de 2020 (98,7 pontos).
“O ritmo lento do processo de vacinação, a desvalorização do real e a escassez de insumos enfrentada por alguns setores criam um ambiente de incerteza que favorece a piora da situação corrente e a manutenção de expectativas cautelosas”, explicou a economista da FGV Ibre Claudia Perdigão.
O Índice de Situação Atual (ISA) teve queda de 1,4 ponto em abril e foi a 110 pontos, nível mais fraco desde setembro de 2020 (107,3 pontos).
Já o Índice de Expectativas (IE), indicador das perspectivas para os próximos meses, perdeu 0,2 ponto, a 96,9, menor patamar desde julho de 2020 (90,5 pontos).
“O estabelecimento dos programas de manutenção do emprego e auxílio às empresas poderá colaborar para a recuperação das expectativas para o início do próximo semestre”, completou Perdigão.
O governo editou nesta semana medida provisória prevendo a renovação do programa BEm, de apoio ao emprego formal, com custo estimado de R$ 9,98 bilhões, valor que será coberto por um crédito extraordinário aberto por uma segunda MP.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou ainda que o governo anunciará em breve a reedição do Pronampe, voltado para micro e pequenas empresas.