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    Confiança da indústria cai pelo 5° mês consecutivo, aponta FGV Ibre

    No fechamento do ano, setor chegou ao pior patamar desde agosto de 2020 e ainda apresenta sequelas. Reflexos vão chegar em 2022, diz economista

    Rayane Rochada CNN* , no Rio de Janeiro

    A confiança da indústria brasileira caiu pela quinta vez consecutiva em dezembro. A queda foi influenciada tanto pela atual situação do ramo industrial no país como pelas expectativas mais cautelosas para as empresas da área no ano de 2022. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas, o FGV Ibre.

    Neste mês, o Índice de Confiança da Indústria (ICI) marcou 100,1 pontos. O indicador recuou 2,0 pontos frente à última divulgação, em novembro (102,1). O resultado é também a pior avaliação apontada pela instituição desde agosto de 2020. À época, foram registrados 98,7 pontos. O ICI é medido por uma escala de zero a 200.

    De acordo com a economista da FGV Ibre, Cláudia Perdigão, os dados são um reflexo dos problemas enfrentados pela indústria ao longo de 2021, como pressão nos custos, escassez de insumos e incerteza elevada. “Além disso, desemprego e a inflação comprimem a demanda das famílias, reduzindo a demanda, o que influencia não apenas a avaliação da situação corrente, mas também torna as projeções para 2022 mais cautelosas”, acrescenta.

    A especialista chama a atenção ainda para possíveis sequelas obtidas pelo desempenho da área industrial este ano, que devem refletir na categoria nos próximos meses. “O setor encerra 2021 com gargalos ainda não resolvidos, incitando recuo das expectativas”, alega.

    Apesar da perspectiva, no geral, pouco otimista, a economista afirma que alguns problemas devem se resolver. “Sobre a escassez de insumos, espera-se uma normalização a partir do segundo semestre do próximo ano”, destaca.

    *Sob supervisão de Thayana Araujo

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