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    Com tombo de até 10% no PIB do 2º tri, governo espera recessão técnica

    'Recessão técnica' acontece após recuo da atividade econômica por dois trimestres consecutivos. Para o ano de 2020, a equipe projeta uma queda de 4,7%

    Fachada do Ministério da Economia
    Fachada do Ministério da Economia Foto: Hoana Gonçalves/Ministério da Economia

    Anna Russi, do CNN Brasil Business, em São Paulo

    A secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia divulgou, nesta terça-feira (18), previsão de tombo de 8% a 10% para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no segundo trimestre deste ano, ante o trimestre imediatamente anterior. Caso confirmada, a queda vai representar a entrada oficial do país em “recessão técnica”, que acontece após recuo da atividade econômica por dois trimestres consecutivos. No três primeiros meses de 2020, a economia recuou 1,5%.

    “A evolução do PIB no primeiro semestre de 2020 reflete a crise causada pela interrupção do comércio e das atividades normais da sociedade. No primeiro trimestre, muitas das grandes economias registraram quedas expressivas do produto trimestral, mas inferiores a 10%. No segundo trimestre, as quedas foram ainda mais impactantes com muitos países registrando valores acima de 10%”, avaliou a pasta em nota informativa. 

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    O resultado oficial para o PIB do segundo trimestre será divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em primeiro de setembro (1º). Já para o total de 2020, a equipe econômica projeta uma queda de 4,7% no desempenho do PIB. 

    Contas públicas 

    No mesmo documento, a SPE informou que as medidas emergenciais de combate aos impactos da pandemia da Covid-19 já alcançaram R$ 505,4 bilhões. “O esforço fiscal brasileiro já atingiu
    7,3% do PIB projetado para 2020, muito acima da média de 4,1% para 17 países em desenvolvimento e também acima da média de 30 países da OCDE, de 6,3%”, destacou a pasta. 

    Assim, a previsão para o rombo das contas públicas, já incluindo resultados de estados, municípios e estatais, é de um déficit de R$ 812 bilhões. Esse valor representa cerca de 11% do PIB e é quase sete vezes superior a meta inicial de déficit primário para 2020, fixada em R$ 124,1 bi. 

    Com o decreto de estado de calamidade pública, o governo federal recebeu autorização do Congresso para descumprir a meta de déficit primário. “Apesar do expressivo esforço fiscal deste ano, o governo federal mantém sua diretriz de responsabilidade fiscal e tanto mercado como governo antecipam esta postura em suas projeções”, reforçou o Ministério da Economia.

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