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    Com queda recorde de 4,5%, setor de serviços puxou tombo do PIB em 2020

    O setor agropecuário foi o único que cresceu em meio à pandemia, com avanço de 2%

    Carla Bridi, Anna Russi e Natália Flach, do CNN Brasil Business, em Brasília e São Paulo

    A recessão não atingiu todos os setores da economia da mesma forma em 2020. O setor agropecuário, por exemplo, teve um avanço de 2% no ano passado, enquanto a indústria recuou 3,5% e serviços contraíram 4,5%, a maior queda da série histórica, iniciada em 1996, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quarta-feira (3). Com isso, o produto interno bruto (PIB) do país amargou uma contração de 4,1%.

    Sobre o setor de serviços, era de se esperar que tivesse a maior queda por ter sido o mais afetado pela pandemia, com fechamento de bares, restaurantes e salões de beleza, em momentos mais agudos da crise sanitária. E não foi diferente: as maiores quedas têm relação direta com o isolamento e distanciamento social.

    Outras atividades de serviços recuaram 12,1%, com serviços prestados às famílias, e transporte, armazenagem e correio caíram 9,2%. O que chama atenção é que os subsetores de atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados, além de atividades imobiliárias cresceram 4% e 2,5%, respectivamente.

    comércio fechado, Santos
    Comércio permanece fechado em Santos, SP, desde março
    Foto: Marcelo Martins / Prefeitura de Santos

    Em nota técnica, o Ministério da Economia avalia que o setor de serviços, embora esteja abaixo do nível anterior à pandemia, continuará crescendo ao longo deste ano, principalmente à medida que a taxa de vacinação aumente no decorrer dos próximos meses. 

    Já na indústria, o destaque negativo foi o desempenho da construção, com queda de 7%. A atividade das Indústrias de Transformação também recuou 4,3%. 

    Por sua vez, a atividade econômica no campo cresceu em decorrência do aumento da produção e ganho de produtividade da atividade na agricultura, que compensou o fraco desempenho das atividades de pecuária e pesca. Os destaques foram para a soja (com avanço de 7,1%) e o café (com alta de 24,4%), que alcançaram produções recordes na série histórica, de acordo com o IBGE.

     

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