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    Com PEC de Transição, novo governo é pressionado a escolher nome técnico para Fazenda

    Possibilidade de liberação de recursos fora do teto de gastos levou políticos de centro e integrantes do mercado financeiro a defenderem ao novo governo a indicação de um nome comprometido com a responsabilidade fiscal

    Gustavo UribeThais Herédiada CNN

    Brasília e São Paulo

    Com o anúncio de uma PEC da Transição, que liberaria recursos fora do teto de gastos para viabilizar um Bolsa Família permanente de R$ 600, o novo governo federal recebeu recados tanto do mercado de financeiro como de políticos de centro sobre a expectativa de escolha do futuro ministro da Fazenda.

    Segundo relatos feitos à CNN, nesta quinta-feira (3), integrantes da aliança partidária que elegeu Luiz Inácio Lula da Silva receberam conselhos para que, em um aceno à responsabilidade fiscal, o futuro presidente indique um nome técnico, e não de perfil político, para a condução da política econômica nacional.

    O risco de o novo governo prever um gasto fora do teto de gastos de até R$ 100 bilhões gerou receio até mesmo entre simpatizantes da nova gestão.

    Para eles, apesar de ser válido o esforço de cumprir a promessa dos R$ 600, a autorização de um montante superior ao gasto previsto para o programa social não seria um bom cartão de visita para a nova gestão, que defende uma união nacional.

    Para arrefecer críticas, o recado transmitido foi que seria mais lógico indicar um nome técnico para a Fazenda e deixar o perfil político para o Planejamento, pasta responsável pela elaboração do orçamento e que acaba negociando com o Congresso Nacional.

    Na quinta-feira (3), apesar de boatos no mercado financeiro, o ex-ministro Henrique Meirelles negou à CNN que tenha sido convidado para assumir a Fazenda. Meirelles apoiou Lula e é tido como certo na equipe econômica do próximo governo.

    Além dele, são citados como cotados na futura equipe econômica o presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Josué Gomes da Silva, e o ex-diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC) Roberto Azevêdo.

    Lula, no entanto, ainda não escolheu nenhum nome. A expectativa é de que ele retorne de férias nesta sexta-feira (4) da Bahia e só se debruce sobre a sua equipe ministerial a partir da próxima semana, quando ele deve viajar a Brasília para uma série de conversas políticas, como com os presidentes do Senado Federal, Câmara dos Deputados e Supremo Tribunal Federal.