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    Com mercado de trabalho em crise, novo presidente terá árdua missão pela frente

    Pandemia acentuou a crise no mercado de trabalho americano; novo presidente terá um difícil caminho para ajustar essa situação

    Anneken Tappe, , do CNN Business, em Nova York

    Embora a contagem dos votos tenha tornado o cenário menos nebuloso, ainda não está claro quem vai ganhar as eleições nos Estados Unidos. Mas, não importa quem leve a disputa, uma das maiores prioridades para o próximo governo está muito clara: enfrentar a crise e o quebrado mercado de trabalho  da América.

    Isso porque a crise de empregos no país está longe de terminar. No mês passado, a economia apresentava queda de 10,7 milhões de empregos em relação a fevereiro, antes da pandemia culminar com o fechamento de empresas.

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    Por um lado, isso significa que quase metade dos 22 milhões de empregos perdidos durante a crise provocada pelo novo coronavírus foram recuperados. Mas o ritmo de melhora diminuiu nos últimos meses. O relatório de empregos do mÊs de outubro do Bureau of Labor Statistics, previsto para sexta-feira (06) às 08h30, deve mostrar uma desaceleração adicional na recuperação do mercado de trabalho.

    Economistas preveem ainda que a economia dos Estados Unidos criou cerca de 600.000 empregos em outubro, ligeiramente abaixo dos 661.000 no mês anterior. Isso ainda deixaria os Estados Unidos sem cerca de 10 milhões de empregos durante a pandemia – e muitas pessoas sem meios para sobreviver.

    A taxa de desemprego deve cair para 7,7%, ante 7,9% em setembro – o maior patamar de desemprego já registrada no país durante uma eleição presidencial. Já o Relatório de Emprego ADP de quarta-feira (04) veio muito abaixo das expectativas, mostrando que os empregadores privados adicionaram apenas 365.000 empregos em outubro, enquanto economistas esperavam 650.000.

    Os relatórios do ADP e do governo não estão correlacionados, mas os especialistas prestam atenção em ambos para ter uma visão completa do mercado de trabalho.

    Diante desse cenário, qualquer melhoria é uma boa notícia, mas a recuperação está longe de ser concluída e a situação não parece promissora para os desempregados.

    Aumento na pobreza

    Em julho, o Congresso americano deixou expirar seu projeto de lei que fornecia cheques semanais adicionais de US $ 600 para americanos desempregados, além de seus benefícios regulares de desemprego. Esse vencimento fez com que a taxa mensal de pobreza aumentasse, de acordo com um estudo do Centro de Pobreza e Política Social da Universidade de Columbia.

    Nesse meio tempo, um número crescente de trabalhadores viram seus benefícios fornecidos pelo estado, por meio do programa social criado durante a pandemia esgotarem, fazendo com que eles migrassem para projetos alternativos do governo, como o programa de compensação de desemprego de emergência pandêmica.

    Até o dia 10 de outubro, 3,7 milhões de pessoas recebiam os benefícios do PEUC, implantado para fazer frente à crise atual. O programa PEUC – assim como o programa de Assistência ao Desemprego Pandêmico, que oferece benefícios para pessoas como autônomos, que normalmente não têm direito a eles – devem expirar no final do ano.

    Não importa quem será o próximo presidente, Washington precisa agir rápido para garantir ajuda aos necessitados e colocar o país no caminho para uma recuperação total dos empregos.

    (Matéria traduzida. Leia o texto original aqui).

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