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    Cobrança do imposto “come-cotas” ocorre nesta terça (31); entenda como funciona

    Valor do tributo é cobrado automaticamente duas vezes por ano de investidores com aplicação em fundos

    João Pedro Malardo CNN Brasil Business , em São Paulo

    O chamado “imposto come-cotas” será cobrado automaticamente nesta terça-feira (31) de investidores que possuem aplicações em fundos de investimento abertos, tendo como referência a variação no período entre dezembro de 2021 e maio deste ano.

    A tributação não demanda geração de boleto, e é diferente da maioria dos impostos sobre produtos financeiros porque não é cobrada no momento do resgate do valor aplicado. Nesse caso, a cobrança é semestral, no último dia útil dos meses de maio e novembro.

    O valor do imposto come-cotas depende do rendimento que foi acumulado no período de referência. Caso o fundo tenha tido perda, não há cobrança.

    Em caso de valorização, o tributo é de 15% sobre o lucro no período para fundos de longo prazo e de 20% para os de curto prazo.

    Além disso, o imposto só é válido para fundos de renda fixa, de juros futuros (DIs), multimercados e cambiais, e que permitem fazer a retirada a qualquer momento, e por isso são chamados de abertos.

    Na primeira cobrança do come-cotas, a Receita Federal considera a valorização desde a compra das cotas do fundo. A partir da segunda cobrança, o cálculo é feito sob a diferença dos últimos seis meses.

    Devo colocar o come-cotas na declaração de Imposto de Renda?

    No caso das pessoas físicas, o investidor pode informar o desconto de come-cotas na declaração do Imposto de Renda, mas ele não será deduzido para fins de restituição, por exemplo.

    Já para as pessoas jurídicas, a taxa pode compor a declaração de Imposto de Renda para que os recolhimentos sejam compensados por fazerem parte da base de cálculo do imposto.

    *Com informações de Wesley Santana

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