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    CEO da Jeep diz que empresa pode deixar de usar nome Cherokee

    No mês passado, o líder do povo Cherokee pediu que a Jeep parasse de usar o nome da tribo em seus carros

    Foto: Divulgação

    Wesley Santana, colaboração para o CNN Brasil Business

    O CEO da Stellantis, controladora da Jeep, declarou que a marca está disposta a tirar o nome “Cherokee” de sua linha de carros. A afirmação foi feita nesta sexta-feira (5), em entrevista ao “The Wall Street Journal”, em uma resposta à objeção do líder do povo Cherokee, uma tribo indígena americana. 

    Segundo Carlos Tavares, a empresa está dialogando com a comunidade sobre o uso do nome nos seus dois modelos de veículos SUVs, Cherokee e Grand Cherokee, que são vendidos em vários países, inclusive no Brasil.

    Tavares falou que não está envolvido diretamente nas negociações, mas que a empresa está disposta a solucionar este problema. “Nesta fase, não sei se existe um problema real. Mas se houver um, bem, é claro que o resolveremos”. “Estamos prontos para ir a qualquer ponto, até o ponto em que decidimos com as pessoas adequadas e sem intermediários”, completou. 

    No mês passado, o líder do povo Cherokee pediu que a Jeep parasse de usar o nome da tribo em seus carros. Chuck Hoskin disse que acreditava que a adoção do título era bem-intencionada, mas que não os honrava ter seu nome colocado em um carro. “Acho que estamos em uma época neste país em que é hora de as corporações e os esportes coletivos retirarem o uso de nomes, imagens e mascotes de nativos americanos de seus produtos, camisetas de times e esportes em geral”, comentou.

    A nação Cherokee é a maior tribo indígena dos Estados Unidos, com cerca de 370 mil membros atualmente. A Jeep adota essa marca desde a primeira versão Cherokee, lançada em 1974. Duas décadas depois, a montadora ainda começou a produzir o Grand Cherokee, que é um exemplar ainda mais premium. 

    Empresas repensam origem de suas marcas

    Esse anúncio da Jeep ocorre em um momento em que várias empresas revisam algumas de suas marcas e nome de produtos. No ano passado, o então time de futebol americano Washington Redskins anunciou que passaria a se chamar Washington Football Team, depois dos protestos contra a discriminação racial nos Estados Unidos. O termo “Redskins” é considerado uma expressão pejorativa aos nativos norte-americanos.

    Meses depois, foi a vez da famosa marca Quaker Oats mudar nome e logotipo dos seus produtos “Aunt Jemima” (Tia Jemima). Os rótulos das misturas e caldas para panquecas traziam a imagem de uma mulher negra vestida como as antigas criadas das tradicionais famílias norte-americanas. A Quaker afirmou que a mudança fazia parte do reconhecimento de que se baseava em um estereótipo racial.

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