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    BTLG, TRXF: 5 fundos imobiliários recomendados para investir em fevereiro

    O CNN Business estreia sua carteira mensal de fundos imobiliários, seguindo o exemplo da já tradicional carteira de ações, publicada no primeiro dia útil do mês

    Centro de distribuição do Mercado Livre em Cajamar - Grande São Paulo
    Centro de distribuição do Mercado Livre em Cajamar - Grande São Paulo Foto: Divulgação

    Matheus Prado,

    do CNN Brasil Business, em São Paulo

    Os fundos imobiliários, em sua vasta maioria, não têm tido uma vida muito fácil nos últimos meses. Quando, no início de 2020, a coisa parecia engrenar, veio a pandemia, prendeu as pessoas em casa e tirou fôlego do mercado. O ano de 2021, até agora, não trouxe nada muito diferente.

    Entre os ativos mais afetados pela crise estão os ligados aos shoppings centers e também os de lajes corporativas. Foram prejudicados pelas medidas de isolamento social, que fizeram com que grande parte da população ficasse em casa durante boa parte do ano.

    Para entender o tamanho do impacto, basta olhar a composição do Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários (IFIX): estes dois setores correspondem, juntos, a 50% do peso do índice, sendo 35% do setor empresarial e outros 15% dos centros de compras. 

    Com isso, o índice fechou 2020 com mais de 10% de desvalorização e está lateralizado em 2021, (avançou 0,3% em janeiro) sem fôlego até aqui para estabelecer uma retomada considerável. Mas ainda há pontos positivos. 

    “Os fundos de CRIs foram novamente destaque, surfando a onda de aumento dos índices de preços”, disse Glauco Legat, analista-chefe da Necton Investimentos em carta aos clientes. O IGP-M subiu 2,58% no mês e o IPCA outros 0,78%. “O mês de fevereiro deve seguir com maior volatilidade, assim como janeiro.”

    A carteira

    Pensando neste cenário que exige cuidados na hora de investir, o CNN Brasil Business estreia sua carteira mensal de fundos imobiliários, seguindo o exemplo da já tradicional carteira de ações, publicada no primeiro dia útil de cada mês.

    No caso dos FIIs, serão cinco papéis selecionados a cada trinta dias com base nas recomendações das seguintes corretoras/casas de análise: Guide Investimentos, Ativa Investimentos, Necton Corretora, Mirae Asset e XP.

    Para o mês de fevereiro, e utilizando uma lógica de diversificação de portfólio, foram escolhidos papéis de setores como logística, recebíveis imobiliários, lajes corporativas e renda urbana. Confira: 

    Fundo: VGIP11
    Setor: Recebíveis
    Comentário: Glauco Legat, analista-chefe da Necton Investimentos

    “Gostamos da carteira do fundo, que apresenta boa diversificação de setores, focando principalmente no setor residencial. É um setor que vem apresentando forte desempenho, como observamos nos dados divulgados pela Secovi e nas prévias operacionais divulgadas pelas incorporadoras listadas. 

    Vimos nos últimos meses uma forte alta do IGP-M e do IPCA, que vem beneficiando a distribuição de proventos do fundo. Acreditamos que esse cenário deva permanecer no curto prazo, dado os últimos dados do IPCA e IGPM.”

    Fundo: BTLG11 
    Setor: Logística
    Comentário: Caio Ventura, analista de fundos imobiliários da Guide Investimentos

    “O segmento logístico tem apresentado, desde o início da pandemia, o perfil mais defensivo entre os segmentos imobiliários, sendo referido inclusive como o “filho da crise”. Acreditamos nos fundamentos do setor e gostamos da resiliência que tem apresentado.

    Nessa perspectiva, vemos o BTLG como o melhor nome para se estar posicionado, visto seu amplo pipeline de aquisições, valor reprimido em ativos do portfólio e negociando com valor patrimonial baixo em relação aos seus principais pares.”

    Fundo: TRXF11
    Setor: Renda Urbana
    Comentário: Glauco Legat, analista-chefe da Necton Investimentos

    “O TRXF11 é um fundo da categoria de renda urbana, com 43 imóveis localizados em 11 estados diferentes. Os imóveis do fundo são distribuídos entre imóveis logísticos (14,6%) e imóveis de varejo (85,3%). 

    O fundo foi constituído com objetivo principal de adquirir lojas do GPA, e hoje conta com 40,2% da receita vinda de lojas do Assaí, 35% do Pão de Açúcar, 14,7% do Extra, 5,1% da Sodimac e 4,8% da Camil. Os contratos do fundo são 100% atípicos, com mais de 82% dos contratos vencendo após 2035.

    Pelo perfil de contratos atípicos de longo prazo, focados em renda urbana de um inquilino com bom risco de crédito, entendemos que o fundo se mostra uma boa opção para investidores que buscam renda recorrente e maior previsibilidade no recebimento de proventos, apresentando um dividend yield médio de 0,7% ao mês.”

    Fundo: HGRE11
    Setor: Lajes Corporativas
    Comentário: Renan Manda, Lucas Hoon e Maria Violatti, analistas da XP

    O CSHG Real Estate é um fundo imobiliário do segmento de lajes corporativas. O fundo permanece com o desafio na locação das áreas de maior vacância como o Ed. Torre Martiniano e Paulista Star, que pressionam sua rentabilidade. 

    Após a fraca performance no mês, o fundo vem negociando com desconto ao valor patrimonial (87% P/VP), o que acreditamos ser um ponto de entrada para o papel.

    Fundo: JSRE11
    Setor: Híbrido
    Comentário: Glauco Legat, analista-chefe da Necton Investimentos

    “O fundo JS Real Estate é um fundo híbrido, que possui participações em lajes corporativas, cotas de fundos imobiliários e CRIs. A principal concentração do fundo está em lajes corporativas, distribuídas em quatro empreendimentos nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro. 

    Recentemente o fundo realizou a aquisição do ativo Tower Bridge Corporate, localizado na Avenida Roberto Marinho, em São Paulo, que pertencia ao fundo TBOF11. A aquisição foi finalizada em março de 2020. 

    Com a aquisição, o fundo deve incrementar sua distribuição de proventos e adiciona em seu portfólio um ativo Triple A, de alta qualidade. Acreditamos que o fundo será menos afetado pela pandemia do Covid-19, e não deve sofrer grandes impactos na distribuição de proventos.

    Consideramos a forte queda recente, com as cotas negociando abaixo do valor patrimonial, uma oportunidade de adquirir ativos de alta qualidade e boas expectativas de renda futura.”