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    Vale: BTG Pactual reforça posição de compra e explica razões para o otimismo

    Segundo analistas do banco, com vitória de Joe Biden nos EUA, risco do crescimento chinês diminuiu

    Fachada de edifício da mineradora estatal Vale (20.ago.2014)
    Fachada de edifício da mineradora estatal Vale (20.ago.2014) Foto: Pilar Olivares/Reuters

    Analistas do BTG Pactual reforçaram nesta segunda-feira (9) sua recomendação “convicta” de compra para os papéis da Vale (VALE3.SA), com preço-alvo de US$ 14 para os recibos das ações da mineradora negociados nos EUA (ADR), citando uma “nova ordem política global”.

    “Nós acreditamos que as ações estão bem posicionadas para apresentar desempenho acima da média do mercado e vemos vários motivos para aumentar as posições no nome”, afirmaram Leonardo Correa e Caio Greiner em relatório a clientes, citando entre os fatores forte ‘momentum’ para os lucros.

    Nesta segunda-feira (9), os ADRs da Vale tinham leve alta, a US$ 11,78 em Nova York, acumulando queda de 10,6% em 2020. Na bolsa brasileira, as ações da companhia avançam 0,3%, a 63,39 reais nesta sessão, ganhando quase 24% no ano.

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    Na visão dos analistas, a eleição de Joe Biden como novo presidente dos Estados Unidos tem como principais reflexos a desvalorização do dólar norte-americano e redução nas tensões comerciais entre os EUA e a China. “Em última análise, os riscos em torno do crescimento chinês diminuíram.”

    A equipe do BTG Pactual também destacou que os fundamentos para o minério de ferro permanecem firmes. “Os preços dos minérios de ferro continuam desafiando a gravidade e o ciclo de estoque e giram em torno de US$ 120 por tonelada”, afirmaram, citando que a demanda chinesa está bem acima das expectativas.

    Os ADRs da Vale, na avaliação dos analistas, reflete um desconto perto de US$ 65 por tonelada (uma correção de baixa de 45% em relação ao preço spot do minério de ferro), o que eles consideram excessivamente “baixista”.

    Correa e Greiner calculam que, em um cenário de preço de US$ 100 por tonelada, a Vale poderia pagar um ‘dividend yield’ de cerca de 15% em 2021. “O dividendo mínimo de março/abril pode sair em 5%, o que consideramos atraente”, acrescentando ainda que a empresa sinalizou que não descarta uma recompra de ações.

    Os analistas ainda estimam que a Vale pode alcançar um Ebitda de US$ 7 bilhões no trimestre, apoiada em uma recuperação agressiva nos embarques de minério de ferro (acima de 84 milhões de toneladas) e preços resilientes do minério de ferro. “Nós não achamos que isso esteja no preço ainda.”

    Um catalisador adicional, na visão de Correa e Greiner seria um acordo final entre a companhia e o Ministério Público, que dê à empresa estabilidade a longo prazo. “As discussões estão avançando, e os parâmetros estão um pouco mais alinhados, mas há ainda desafios.”

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