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    brMalls mostra recuperação acima do esperado e ações podem subir 44%, diz Safra

    "Em nossa opinião, o rápido retorno no terceiro e quarto trimestre deve trazer um 2021 mais próspero", afirmou o banco em relatório

    Raphael Coraccini, , colaboração para o CNN Brasil Business

    A recuperação importante do varejo desde maio impactou positivamente os resultados de uma das maiores redes de shopping centers do País. Levantando-se do mergulho que deu no segundo trimestre deste ano por conta da pandemia, a brMalls (BRML3) animou os investidores com a recuperação dos últimos meses.

    Em relatório, o Banco Safra suspendeu as previsões de deterioração de 46% nas ações da brMalls para 2020. Isso por conta da retomada das vendas, percebida a partir do terceiro trimestre.

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    “Em nossa opinião, o rápido retorno no terceiro e quarto trimestre deve trazer um 2021 mais próspero”

    As receitas do grupo com vendas caíram 39% no segundo trimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado, com um resultado de R$ 303 milhões. No terceiro trimestre, os resultados chegaram a R$ 319 milhões, recuperação de 5%.

    A receita líquida total do brMalls também cresceu entre o segundo e o terceiro trimestres, passando de R$ 185 milhões no intervalo entre abril e junho para R$ 207 milhões entre julho e setembro.  

    Com a normalização das receitas e geração de caixa previstas para o ano que vem, o Safra aponta um potencial de valorização de 44% nas ações do grupo. “Em nossa opinião, a rápida recuperação no terceiro e no quarto trimestres de 2020 deve levar a um próspero 2021”, aponta o relatório.  

    O brMalls registrou também um impacto pequeno nas taxas de vacância e inadimplência, diferentemente do que foi observado em crises anteriores. Com a manutenção da sua base de lojistas, há uma maior previsibilidade sobre as vendas e uma retomada mais rápida dos investimentos, avalia o banco.

    Auxílio emergencial 

    O diretor financeiro e de Relações com Investidores da brMalls, Derek Tang, relacionou ao Saofra os resultados ao aumento das vendas nas regiões Norte e Nordeste. O executivo reconhece que isso está diretamente condicionado ao auxílio emergencial.

    Em 2019, as regiões mencionadas representavam apenas 7% do lucro operacional do grupo. Apesar do perceptível aumento da participação dessas regiões, Tang disse que ainda não é possível verificar o tamanho da influência do coronavoucher sobre os resultados totais da empresa.

    Um estudo feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado em outubro, apontou que o aumento do poder de compra dos moradores das regiões Norte e Nordeste está condicionado ao benefício pago pelo Governo Federal.

    O nível de consumo no comércio durante a pandemia estava bem acima do normal em 15 dos 16 estados do Norte e Nordeste. Entre abril e agosto, auge da pandemia, o varejo cresceu 51 % nas regiões, segundo o IBGE.

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