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    Bolsonaro diz que não aumentará impostos quando a pandemia terminar

    Presidente discursou na formatura de diplomatas

    Mathias Brotero , Da CNN, em Brasília

    Em discurso nesta quinta-feira (22) no Itamaraty, durante a formatura dos alunos do Instituto Rio Branco, escola do governo responsável pela formação de diplomatas no Brasil, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que não haverá aumento de impostos quando terminar a pandemia da Covid-19. Sem usar máscara, Bolsonaro disse que a economia brasileira está sendo reformada com corte de gastos e voltou a afirmar que governo está combatendo corrupção.

    Minimizando as queimadas na Amazônia, Bolsonaro anunciou que uma viagem está sendo organizada, para levar diplomatas de Manaus (AM) até Boa Vista (RR), com o objetivo de “mostrar naquela curta viagem de uma hora e meia que não verão nossa Floresta Amazônica um sequer hectare de selva devastada”. O presidente também criticou a imprensa, ao dizer que nunca houve algo parecido com controle social da mídia. “Apesar de tudo, suportamos o que escrevem, mostram e divulgam, sem qualquer retaliação da nossa parte”, disse

    Na esteira do que disse o presidente, o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, falou que a mídia distorce o debate público e faz parte de um esquema que seleciona, manipula e inventa a informação. “Antigamente líamos a imprensa para saber o que estava acontecendo, hoje, lemos a imprensa simplesmente para saber o que ela está dizendo”, disse. 

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    Bolsonaro e Ernesto Araújo
    O presidente Jair Bolsonaro e o ministro Ernesto Araújo (Relações Exteriores) em cerimônia de formatura de diplomatas no Itamaraty
    Foto: Foto: Rodrigo Pertoti/MRE

    Araújo usou a vida e obra do escritor e diplomata João Cabral de Melo Neto, patrono da turma dos formandos, como fio condutor de um discurso de meia hora, considerado como “longo” por Bolsonaro. Se por um lado o ministro elogiou as linhas do poeta ao agradecer Bolsonaro, de outro criticou o próprio autor por ter tomado o que chamou de “lado errado” ao guinar para o “marxismo e a esquerda”. João Cabral de Mello Neto foi acusado de promover o comunismo no Itamaraty, durante a ditadura de Getúlio Vargas, e foi posteriormente absolvido pelo Supremo Tribunal Federal. 

    Além de críticas à esquerda, a fala do ministro foi marcada por elogios ao cristianismo. “Somente a fé verdadeira deste povo cristão e conservador proporciona a couraça moral e o coração palpitante de amor patriótico para enfrentar o dragão da maldade”, disse.

    O diplomata prestou condolências aos que morreram pela Covid-19, citando o senador Arolde de Olveira (PSD-RJ), que faleceu nesta quarta-feira, por complicações relacionadas ao novo coronavírus. Além de Araújo, participaram da cerimônia de formatura outros ministros, como Milton Ribeiro (Educação), Paulo Guedes (Economia), Tereza Cristina (Agricultura) e Ricardo Salles (Meio Ambiente).

    Ordem do Rio Branco

    Por volta de meio-dia, Bolsonaro e seus aliados participaram de entrega da Ordem do Rio Branco, honraria mais alta do Itamaraty. A medalha leva o nome do Barão de Rio Branco, considerado um dos patronos da diplomacia brasileira. 

    Dentre as dezenas de autoridades agraciadas por Bolsonaro, estão o presidente do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, e os ministros Jorge Oliveira (Secretaria-Geral), Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional), Milton Ribeiro, Ricardo Salles e Luis Eduardo Ramos (Secretaria de Governo). 

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