Bolsonaro diz que espera definir até sexta valor para renovação do auxílio
No discurso, ele afirmou que o saldo positivo na geração de empregos no país foi "em parte" impulsionado pelo pagamento do benefício
Depois que o anúncio da renovação do programa previsto para esta terça-feira foi adiado, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que espera ter uma definição até sexta-feira (28) sobre o valor das próximas parcelas do auxílio emergencial, a serem pagas pelo governo até o fim do ano.
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“Logicamente não batemos o martelo ainda, a gente espera que até sexta-feira esteja quase tudo definido para nós darmos mais uma ajuda que é obrigação nossa, não é favor não, ajudar o Brasil a sair da crise que ainda temos, e venhamos então a voltar à normalidade”, disse Bolsonaro em discurso na abertura de congresso da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) na noite desta terça-feira (25).
O presidente disse que participou de reunião nesta terça com a equipe econômica para tratar do assunto. Inicialmente, o governo pretendia anunciar hoje os novos valores do benefício, juntamente com um pacote de medidas de estímulo à economia no enfrentamento à pandemia de Covid-19.
Contudo, o pacote foi adiado a pedido de Bolsonaro, que estaria insatisfeito com o valor a ser pago no Renda Brasil, programa que deve suceder o Bolsa Família e o auxílio emergencial.
No discurso, ele afirmou que o saldo positivo na geração de empregos no país – que criou 130 mil postos de trabalho em julho, segundo o Caged – foi “em parte” impulsionado pelo pagamento do benefício.
O presidente disse, no entanto, que não é possível continuar a suportar a conta de 50 bilhões de reais por mês com o pagamento do auxílio emergencial e frisou ainda que “dinheiro de mais” em circulação leva à inflação. “Papel demais no mercado pode levar à inflação, maior mal que pode existir”, disse.
Bolsonaro afirmou ainda que considera o Brasil um dos países que melhor enfrenta a pandemia, apesar das mais de 116 mil mortes registradas por Covid-19, que colocam o país como o segundo mais afetado pela Covid-19 no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos.